Pelo menos 25 supostos integrantes do Talibã morreram nesta terça-feira (10/06) após uma nova série de bombardeios por parte da Força Aérea paquistanesa no Vale de Tirah, na região tribal de Khyber, no noroeste do país. Mais cedo, um comando de talibãs atacou a Academia das Forças de Segurança Aeroportuárias no sul. Até o momento, não foi confirmada nenhuma vítima.
Agência Efe
Ainda há fumaça no aeroporto do Paquistão; atentado realizado ontem pelo Talibã deixou todas as vítimas carbonizadas
Segundo o Exército, os caças destruíram uma dezena de refúgios dos “terroristas” em uma operação que aconteceu após o ataque de ontem contra o aeroporto de Karachi, o mais movimentado do país, que causou 38 mortes, sendo 12 talibãs. De acordo com a administração local, os bombardeios destruíram pelo menos um depósito de armas dos fundamentalistas.
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O TTP, principal grupo talibã do país reivindicou hoje a autoria dos ataques. “Nós assumimos a responsabilidade por outro ataque bem-sucedido contra o governo”, afirmou à Reuters o porta-voz do Talibã paquistanês, Shahidullah Shahid. “Nós estamos conseguindo com sucesso atacar nossos alvos e vamos continuar desfechando muitos outros ataques como esse”, disse após a ofensiva contra a academia da Força de Segurança realizada hoje.
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As Forças Armadas efetuaram vários bombardeios contra posições talibãs no cinturão tribal este ano, o primeiro em fevereiro e o mais recente no final de maio, quando mais de 60 supostos insurgentes morreram por causa das operações aéreas.
Ofensiva do governo
A pressão do Exército sobre o principal grupo talibã paquistanês, o TTP, aumentou muito, fazendo com que grande parte dos jihadistas buscasse refúgio no vizinho Afeganistão.
Na última sexta-feira (06/06), representantes das autoridades paquistanesas se reuniram com líderes tribais do Waziristão do Norte, considerado o maior ponto de resistência do TTP, para exigir que os mesmos expulsassem talibãs e jihadistas estrangeiros de sua área.
Segundo a imprensa local, as autoridades deram duas semanas para que as tribos expulsem os insurgentes e, caso a medida não tenha sucesso, o Exército vai fazer uma operação terrestre no local.
Além da pressão militar, o TTP teve que enfrentar fortes dissidências internas que resultaram na saída de uma de suas principais facções, o que representou a perda de quase metade dos 10 mil combatentes da organização.
(*) com agências