Minustah concentra-se em resgatar vítimas de terremoto

A Minustah (sigla em francês para Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti), comandada pelo Brasil, voltou as atenções para resgatar as vítimas do forte terremoto que devastou o país e garantir a ordem pública nas ruas do país.

“Soldados e policiais da ONU estão em patrulha noite e dia desde que aconteceu o terremoto, para assim manter a ordem e ajudar nas operações de resgate”, disse o porta-voz interino da Minustah, Vincenzo Pugliese, em comunicado divulgado na sede da ONU em Nova York.

Pugliese assegurou que a quantidade de vítimas da catástrofe é “enorme”, mas não deu números concretos. Disse apenas que há dezenas ou centenas de milhares de pessoas que perderam as casas.

Mais cedo, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários calculou que entre 3 milhões e 3,5 milhões dos 9 milhões de habitantes do Haiti vivem em zonas afetadas pelo tremor.

O terremoto provocou um vazio temporário no comando da Minustah, resolvido pelos responsáveis do departamento de Operações de Paz da ONU nas últimas horas. Como o comandante da força, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto, encontra-se em Nova York em visita à sede da ONU, o general chileno Ricardo Toro assumiu o comando dos capacetes azuis no Haiti provisoriamente.

Toro já entrou em contato via satélite com o escritório do subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Alain Le Roy, e fez um voo de reconhecimento sobre a área afetada para avaliar os danos, segundo fontes da organização.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou a Porto Príncipe o secretário-geral adjunto para Operações de Paz e ex-chefe da Minustah, o guatemalteco Edmond Mulet.

O chefe da missão da ONU no Haiti, o tunisiano Hédi Annabi, e seu principal assessor, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, continuam entre os desaparecidos, desde que a sede do grupo desabou no tremor. Entre outras 50 e 100 pessoas podem estar sob os escombros do prédio.

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