Uma comissão de três ministros bolivianos virá na próxima sexta-feira (06/09) ao Brasil para apresentar os documentos dos processos nos quais o senador opositor Roger Pinto Molina é acusado de corrupção.
O presidente boliviano, Evo Morales, confirmou nesta segunda-feira (02/09) a viagem, que faz parte de um acordo fechado com a presidente Dilma Rousseff no Suriname, durante a cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), informou a agência estatal boliviana “ABI”.
Agência Efe
Missão foi combinada entre presidente boliviano (foto) e Dilma Rousseff
Participam da missão os ministros de Governo, Carlos Romero; de Luta contra a Corrupção, Nardy Suxo; e de Justiça, Cecília Ayllón, além de autoridades da Procuradoria Geral.
Na reunião no Suriname, Morales explicou a Dilma que há quatro ordens judiciais que impediam Molina de sair da Bolívia, além de uma sentença de um ano em outro caso de corrupção.
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No último dia 23, Roger Pinto deixou seu asilo diplomático de quase 15 meses na embaixada brasileira e fugiu de carro para o Brasil com a ajuda do então encarregado de negócios, Eduardo Saboia, mas sem o salvo-conduto necessário do governo boliviano.
O senador diz que é um perseguido político por ter denunciado supostos vínculos de integrantes do governo com o narcotráfico, versão negada por Morales, que argumenta que o senador tem contas pendentes com a Justiça por corrupção.
Além disso, a ministra de Comunicação boliviana, Amanda D'Avila, confirmou hoje que o governo boliviano pedirá a aplicação de tratados de extradição se Molina pedir asilo ou refúgio em um terceiro país. “Caso outro país conceda asilo ou refúgio ou alguma situação desse tipo, imediatamente o governo ativará o tratado de extradição', afirmou.