O presidente deposto do Egito, Mohammed Mursi, será julgado por mais um crime, anunciou a agência estatal Mena neste domingo (19/01). Ele é acusado, junto com outras 24 pessoas, de ter insultado o Judiciário, atacado funcionários e incitado o ódio.
Mursi, que foi retirado do poder por um golpe de estado em julho de 2013, terá que testemunhar após ter acusado juízes de terem participado de uma fraude eleitoral durante a ditadura de Hosni Mubarak (1981-2011). Ele também é investigado por ter supostamente tentado influenciar o trabalho da promotoria enquanto estava no governo.
Agência Efe
Mohammed Mursi também é acusado de ter insultado o Judiciário do Egito
NULL
NULL
O ex-presidente já responde por supostamente ter revelado informações confidenciais a países e órgãos estrangeiros, por ter fugido da prisão durante a queda de Mubarak, pelo envolvimento na morte de manifestantes em dezembro de 2012, pelo assassinato de presos e policiais, por sequestro, pelo ataque a uma prisão e pela promoção de atentados contra instalações de forças de segurança.
A Corte de Apelação do Cairo, liderada pelo juíz Zaruat Hamad, será a responsável por iniciar o novo processo, em uma data ainda não determinada.
Entre os demais acusados, estão Mohammed Saad Katatni, ex-presidente do partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade Muçulmana), dirigente da confraria Mohammed Beltagui, editor-chefe do jornal “Sawt al Umma” (A Voz da Nação), Abdel Halim Qandil, e o jornalista Ahmed Hassan Sherkaui.
(*) Com Efe