O presidente boliviano, Evo Morales, esclareceu nesta sexta-feira (29/10) que, no momento, o Irã está apenas “está interessado” em associar-se ao país andino para fabricar baterias de lítio e que há possibilidades de negociações com outras nações que queiram juntar-se a esse processo.
Em visita a Cochabamba, Morales negou ter firmado já “um contrato” com o governo iraniano para a industrialização do lítio, como foi informado na última quarta-feira, quando o boliviano concluiu uma visita oficial de três dias a Teerã.
“Não é um contrato com o Irã, mas sim um Memorando de Entendimento no qual esse país expressa seu interesse em participar na fase de industrialização até chegar à produção de baterias de lítio na Bolívia e não fora”, explicou.
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Segundo Morales, seria “um erro histórico”, se a sua administração aceitasse que a Bolívia seja simplesmente uma exportadora do lítio como matéria-prima, sem chegar à terceira fase de industrialização, com o objetivo de conseguir maiores ingressos ao país.
O boliviano voltou a dizer ainda que seu problema não é o financiamento, já que na primeira fase do projeto serão investidos 17 milhões de dólares, a partir de 2011, e na segunda etapa haverá mais 40 milhões de dólares.
“O que não temos é experiência em transformar o carbonato em baterias de lítio. Para isso, precisamos de parceiros”, reiterou.
Morales estimou também que, no futuro, embora a Bolívia “talvez não possa competir na petroquímica com o Irã, o Catar, os Estados Unidos, a Rússia, poderá ser conhecida e respeitada na indústria do lítio”.
Segundo dados oficiais, a Bolívia tem no Salar de Uyuni, no sul do altiplano andino, a maior reserva mundial de lítio, com cerca de 100 milhões de toneladas de lítio, o equivalente a 70% do total de depósitos certificados desse metal.
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