Um palestino de 14 anos que havia sido ferido no 19 de agosto durante um ataque aéreo israelense no norte da Faixa de Gaza morreu nesta segunda-feira (29/08), informaram fontes médicas locais citadas pela agência de notícias AFP.
A vítima, Haitam Maruf, foi atingido pela explosão de um míssil israelense que tinha como alvo os membros de um grupo armado na cidade palestina de Beit Lahya. O ataque foi feito um dia depois de uma sequência de atentados feitos contra Israel, na região sul do país, perto da fronteira com o Egito. Para o governo israelense, tais atos foram feitos por uma milícia radical palestina de Gaza, os CRP (Comitês de Resistência Popular). O grupo, no entanto, negam serem os autores.
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A morte de Maruf eleva para 27 o número de palestinos mortos no último ciclo de violência posterior aos ataques de 18 de agosto. De acordo com os serviços de emergência de Gaza, citados pelas agências de notícias, os mortos palestinos são na maioria ativistas de grupos armados. Há entre eles três crianças. Na onda de violência, estima-se que um civil israelense morreu, atingido por um foguete Beersheva, no sul de Israel.
Nos últimos dias, o Exército aumentou sua presença em torno da Faixa de Gaza e na fronteira com o Egito, após receber informação de que um membro da Jihad Islâmica cruzou da faixa para o Sinai para perpetrar um atentado em Israel.
Hoje, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) condenou o ataque perpetrado por um palestino na madrugada passada contra um clube noturno de Tel Aviv, que deixou sete pessoas feridas, segundo comunicado divulgado pela agência oficial palestina Wafa. Na ocasião, um palestino roubou um táxi, atropelou vários policiais e esfaqueou transeuntes perto de uma discoteca. Cinco dos feridos são policiais, enquanto os outros dois são um segurança do local e um civil.
As autoridades israelenses consideram o ataque “definitivamente como um atentado terrorista” e seu autor foi identificado como um morador de Nablus, no norte do território ocupado da Cisjordânia.
No mesmo comunicado, a ANP denuncia os ataques realizados por Israel na Faixa de Gaza, assim como as prisões efetuadas pelas autoridades israelenses na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza.
A ANP reafirmou na nota suas intenções de buscar na ONU reconhecimento a um Estado palestino nas fronteiras de 1967 com Jerusalém como sua capital e declarou que “nenhuma tentativa de desviar a atenção nos impedirão alcançar nosso objetivo”.
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