A ex-presidente das Filipinas Corazón Aquino morreu na madrugada deste sábado (hora local), aos 76 anos, em um hospital de Manila, devido a problemas cardiorrespiratórios, segundo informou a família em comunicado.
Após a morte da ex-chefe de Estado, a atual governante, Gloria Macapagal Arroyo, declarou uma semana de luto nacional através de uma mensagem enviada a partir dos Estados Unidos, onde se encontra em visita oficial. “Eu me uno ao resto da Nação no luto pela morte da ex-presidente Corazón Aquino, e à sua família, assim como a todo o país, expresso meu mais sincero pesar pela morte”, disse Arroyo.
A vida de Aquino corria sério perigo há um mês, após uma cirurgia à qual foi submetida para a retirada de parte do cólon, afetado por um câncer.
Ela foi internada no começo de julho, em estado grave, na unidade de terapia intensiva de um hospital de Manila, e piorou nas últimas horas.
“Ela teria gostado de agradecer a todas as pessoas por seu contínuo apoio. Era seu desejo que rezássemos por nós e por nosso país” afirmou em mensagem Benigno Aquino, senador e filho da ex-líder, católica devota.
A filha, a atriz Kristina Bernadette Aquino, advertiu horas antes da morte de que não sabia “quantas horas, dias ou semanas Deus deixará tê-la ainda”.
Democratização filipina
A ex-presidente Corazón Aquino se transformou na primeira mulher filipina a ocupar a Chefia do Estado, após a revolta popular pacífica que depôs a chamada ditadura conjugal de Ferdinand e Imelda Marcos.
Membro da família Cojuangco, uma das mais ricas da comunidade sino-filipina, Corazón se casou, em 1954, com Benigno Aquino, líder da oposição democrática contra a ditadura de Marcos, com quem teve cinco filhos.
Ela foi testemunha da “mudança democrática”, em 1983, quando o marido foi assassinado no aeroporto de Manila enquanto descia do avião no qual retornava do exílio.
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