O edifício do Partido Nacional Democrático, que governa o Egito, foi incendiado na noite da sexta-feira (28/09), colocando em risco o Museu Nacional do Cairo, localizado nas proximidades da sede do partido. As informações são da rede de TV Al Jazeera.
Durante o tumulto, saqueadores entraram no museu e destruíram duas múmias faraônicas. A bilheteria do museu foi roubada.
Mais cedo, policiais e manifestantes que protestavam pelo quarto dia consecutivo contra o governo do presidente Hosni Mubarak entraram em confronto, povocando cinco mortes e cerca de 900 feridos, segundo a agência de notícias espanhola Efe.
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De acordo com a Al Jazeera, os conflitos começaram em uma praça próxima ao museu e à sede do NDP. Uma hora depois, o incêndio se espalhou para as proximidades do museu, assustando os manifestantes, que fizeram uma corrente humana em volta do edifício, de acordo com a emissora.
As imagens da Al Jazeera mostravam a sede do NPD, no centro de Cairo, em chamas. A principal preocupação era que o fogo se espalhasse pelo museu, um dos mais importante do país.
De acordo com a gência de notícias Reuters, Zahi Hawass, presidente do Conselho Supremo de Antiguidades, disse que manifestantes tentaram impedir os saqueadores com a ajuda da polícia turística, mas alguns conseguiram entrar pela parte de cima e destruíram duas das múmias.
Com mais de 100 mil objetos em exposição, o Museu Nacional do Cairo possui múmias dos mais importantes faraós, papiros e objetos considerados símbolos do país, como o tesouro de Tutancâmon, um dos faraós mais famosos da história egípcia.
Para o egiptólogo Antonio Brancaglion Jr, “um eventual acidente como um incêndio seria extremamente prejudicial não apenas para a cultura do país, mas para todo o patrimônio da humanidade”, disse em entrevista ao Opera Mundi.
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