Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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O multibilionário Elon Musk afirmou ter passado dos limites em seus comentários feitos sobre Donald Trump na semana passada. “Lamento algumas das minhas publicações sobre o Presidente Donald Trump na semana passada. Passei dos limites”, escreveu nesta quarta-feira (11), em sua conta na rede social X, da qual é proprietário.

O presidente dos Estados Unidos respondeu. “Achei muito gentil da parte dele fazer isso”, afirmou ao New York Post. Em declaração anterior ao mesmo veículo, Trump havia manifestado disposição para uma reaproximação. “Acho que poderia acontecer”, apontou, ao reiterar que não ficou nada satisfeito com a briga. “Acredito que ele está muito arrependido do que disse”, complementou.

O recuo de Musk é estratégico. Ele acontece na véspera do lançamento do novo serviço de “robotáxis” da Tesla, em Austin, no Texas. Segundo The Guardian, o projeto é considerado vital para sustentar a avaliação da empresa como a fabricante de automóveis mais valiosa do planeta.

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A trégua parcial agradou os investidores. As ações da Tesla subiram 2,6% nas negociações pré-mercado.

Passei dos limites”, escreveu Musk nesta quarta-feira (11), em sua conta na rede social X
Molly Riley / White House

A briga

A publicação acontece após dias de animosidade nas redes sociais. A briga começou quando Musk atacou o pacote econômico de Trump, chamando-o de “aberração nojenta” e alertando que ele poderia elevar a dívida pública dos Estados Unidos em US$ 2,4 trilhões.

Ele chegou a pedir o impeachment do presidente dos Estados Unidos e a insinuar ligações dele com o criminoso sexual Jeffrey Epstein. No auge da tensão, Musk ameaçou descontinuar a nave Dragon, veículo utilizado para levar astronautas da Nasa à Estação Espacial Internacional, mas recuou e retirou a ameaça.

Trump afirmou que Musk havia enlouquecido e ameaçou diretamente suas empresas, ao mencionar a revogação da obrigatoriedade de compra de carros elétricos no país, o que afetaria diretamente a Tesla.

Ele também ameaçou cortar os contratos governamentais com a SpaceX, o que foi visto como improvável, na medida em que a empresa lidera lançamentos estratégicos de satélites para o governo dos EUA.