Em visita à África, a presidente argentina Cristina Kirchner criticou de forma inusitada o projeto editorial do jornal Clarín. Ao passar pela Angola, sua comitiva distribuiu pelas ruas da capital Luanda, meias estampadas com o slogan “Clarín Miente” (Clarín Mente em espanhol).
O autor da ideia foi Mauricio Benítez, membro do movimento JP Evita (Jovem Peronista Evita) e funcionário do departamento de Imprensa e Difusão da cidade argentina de La Matanza. Ele teria sido incluído no grupo que acompanhou a presidente pela África pelo secretário de Comércio Exterior, Guillermo Moreno, que habitualmente também colabora com a campanha Clarín Miente distribuindo batons, camisetas, bonés e outros souvenires.
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Ricardo Roa, editor-geral adjunto de Clarín, criticou em um editorial a atitude do militante e julgou “miserável” e “cruel” a decisão de “usar a pobreza para fazer política”.
Contudo, Benítez logo respondeu às acusações por meio de sua página da rede social Facebook, lembrando ao veículo que “não são as meias do Clarín” que estão fazendo política, mas sim a mensagem estampada nelas.
Moreno também veiculou a campnha Clarín Miente na última vez que esteve no Brasil, durante uma missão comercial em São Paulo. Até mesmo o vice-presidente Amado Boudou chegou a subir no palco de um festival de música do interior da Argentina com uma camiseta com a estampa da campanha.