Em visita à Bolívia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o crescimento econômico da América Latina é consequência da implantação de “governos progressistas” na região. Segundo ele, “nunca, em 500 anos”, houve “tantos governos progressistas” na América Latina capazes de construir uma nova economia.
Lula atribuiu isto ao processo de mudança vivido na região desde os anos 2000. Ele destacou que, antes de assumir a Presidência do Brasil, em 2003, o único governo progressista era o de Hugo Chávez, na Venezuela. O brasileiro recordou que estas mudanças, inclusive no Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Equador, permitiram abrir novos horizontes no modelo econômico local.
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Segundo ele, o Brasil começou a dar preferência para as relações comerciais com os países da região e, como consequência, o intercâmbio com a América do Sul em 2010 foi de US$12 bilhões. Atualmente, as trocas chegam a US$83 bilhões, de acordo com Lula.
O ex-presidente chegou ontem à Bolívia para uma visita de dois dias. Ele discursou para milhares de jovens em um complexo esportivo de Santa Cruz. Lula também se reuniu com o presidente boliviano, Evo Morales, por cerca de uma hora. O presidente da nação vizinha considerou o brasileiro um mentor e um conselheiro político.
Na ocasião, Morales ainda destacou a “liderança do Brasil” na América Latina e a necessidade de fortalecer a integração e as políticas sociais regionais. “O Brasil é um irmão mais velho. Reconhecemos sua liderança na região”, disse o presidente boliviano.
Lula deve participar nesta terça-feira (30/08) de um fórum econômico patrocinado pela construtora OAS, responsável pela obra de uma estrada que vem recebendo críticas da comunidade indígena boliviana. A rodovia cruzará de norte a sul o Parque Nacional Isiboro Sécure, a maior reserva florestal do país, cujos rios são uma importante fonte de água doce da América do Sul.
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