Sexta-feira, 13 de junho de 2025
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Um dos maiores navios da Marinha Real Australiana, o HMAS Canberra, interrompeu acidentalmente os serviços de internet sem fio e rádio em partes das ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia nesta semana, segundo a Força de Defesa Australiana (ADF).

O incidente ocorreu na madrugada de quarta-feira (04/06) enquanto o navio seguia em direção à capital Wellington, onde atracou na quinta-feira (05/06). Durante sua aproximação pela costa neozelandesa, o radar de navegação do HMAS Canberra interferiu nos sinais em uma ampla região, desde Taranaki, na Ilha Norte, até Marlborough, na Ilha Sul.

Segundo informações técnicas, o radar do navio operava em uma frequência utilizada por diversos provedores de internet e emissoras de rádio locais, o que obrigou essas empresas a interromper temporariamente o uso do canal afetado. Um especialista em tecnologia da região relatou que as falhas começaram por volta das 2h da manhã, no horário local.

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As Forças de Defesa da Nova Zelândia acionaram imediatamente as autoridades australianas ao tomarem conhecimento da situação. “O HMAS Canberra percebeu que seu radar de navegação estava interferindo no Wi-Fi na região de Taranaki até Marlborough na aproximação de Wellington”, disse um porta-voz da ADF.

HMAS Canberra interrompe sinal de rádio e internet
HMAS Canberra interrompe sinal de rádio e internet

Windmemories / Wikimedia Commons

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O Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia, por meio de Dan O’Grady, gerente de políticas de espectro de rádio, explicou que o país adota um sistema que permite o uso compartilhado de diversas faixas de frequência para diferentes finalidades.

“Algumas bandas são de uso livre, como as utilizadas para Wi-Fi e Bluetooth. A interferência registrada ocorreu justamente em uma dessas faixas compartilhadas”, esclareceu.

As autoridades neozelandesas consideram o incidente encerrado e destacam que, apesar do contratempo, o episódio foi resolvido de maneira colaborativa entre os dois países.

(*) Com informações do The Guardian