Navio australiano bloqueia sinal de internet e rádio na Nova Zelândia
Incidente ocorreu quando um dos maiores navios da Marinha Real Australiana se aproximava pela costa neozelandesa; sinal foi reestabelecido
Um dos maiores navios da Marinha Real Australiana, o HMAS Canberra, interrompeu acidentalmente os serviços de internet sem fio e rádio em partes das ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia nesta semana, segundo a Força de Defesa Australiana (ADF).
O incidente ocorreu na madrugada de quarta-feira (04/06) enquanto o navio seguia em direção à capital Wellington, onde atracou na quinta-feira (05/06). Durante sua aproximação pela costa neozelandesa, o radar de navegação do HMAS Canberra interferiu nos sinais em uma ampla região, desde Taranaki, na Ilha Norte, até Marlborough, na Ilha Sul.
Segundo informações técnicas, o radar do navio operava em uma frequência utilizada por diversos provedores de internet e emissoras de rádio locais, o que obrigou essas empresas a interromper temporariamente o uso do canal afetado. Um especialista em tecnologia da região relatou que as falhas começaram por volta das 2h da manhã, no horário local.
As Forças de Defesa da Nova Zelândia acionaram imediatamente as autoridades australianas ao tomarem conhecimento da situação. “O HMAS Canberra percebeu que seu radar de navegação estava interferindo no Wi-Fi na região de Taranaki até Marlborough na aproximação de Wellington”, disse um porta-voz da ADF.

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O Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia, por meio de Dan O’Grady, gerente de políticas de espectro de rádio, explicou que o país adota um sistema que permite o uso compartilhado de diversas faixas de frequência para diferentes finalidades.
“Algumas bandas são de uso livre, como as utilizadas para Wi-Fi e Bluetooth. A interferência registrada ocorreu justamente em uma dessas faixas compartilhadas”, esclareceu.
As autoridades neozelandesas consideram o incidente encerrado e destacam que, apesar do contratempo, o episódio foi resolvido de maneira colaborativa entre os dois países.
(*) Com informações do The Guardian
