O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (01/05) que há “dezenas de detidos” vinculados a um novo suposto plano para matá-lo e ordenou uma “rebelião” e “uma greve geral indefinida” caso o complô seja bem-sucedido.
Agência Efe
Segundo mandatário venezuelano, há “dezenas de detidos” vinculados a um novo suposto plano para matá-lo
“Eu não queria alarmar vocês, mas temos dezenas de detidos e, ontem [sábado, 30/04], detivemos pessoas no topo de alguns edifícios próximos ao local onde deveria acabar a passeata de hoje”, disse em seu discurso no comício em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador.
Sem fornecer mais detalhes, Maduro informou que decidiu encerrar a passeata pelo Dia do Trabalho no Palácio Presidencial.
“A oligarquia e o imperialismo estão desesperados e, se algum dia fizerem algo contra mim e conseguirem tomar este palácio, de um jeito ou de outro, eu ordeno que vocês, homens e mulheres da classe operária, declarem rebelião e decretem uma greve geral indefinida”, declarou.
Maduro denunciou em outras ocasiões que havia planos contra sua pessoa. Em 13 de abril, afirmou que tinha “provas” de um plano que atribuiu a paramilitares e disse que as apresentaria “nas próximas horas”, o que não ocorreu.
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Aumento de 30% nos salários
No sábado (30/04), Maduro, anunciou um reajuste de 30% no salário mínimo e nas pensões. Os novos valores representam um aumento acumulado de 105% com relação ao salário mínimo dos trabalhadores no início de 2016.
O reajuste, válido a partir do domingo, foi o 12º decretado por Maduro desde que assumiu o cargo há três anos e o segundo de 2016.
A renda mínima integral passou para 33.636 bolívares (equivalente a US$ 88,89 na taxa oficial de 378,37 bolívares), com a soma do salário (15.051 bolívares) e um bônus obrigatório de alimentação (18.585 bolívares).
“Vocês acham que um presidente da direita poderia fazer isto? Só um presidente chavista pode defender os salários e as pensões”, disse.
De acordo com números oficiais, a Venezuela fechou 2015 com uma inflação de 180%. Para este ano, a previsão é 720% e de 2.200% em 2017, segundo cálculos do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgados na última semana.
(*) Com Agência Efe