O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou nesta segunda-feira (05/08) uma visita ao Chile que terá como objetivo principal a assinatura de 17 acordos bilaterais entre os dois países.
A viagem estava originalmente marcada para maio deste ano, mas as enchentes no Rio Grande do Sul levaram o presidente brasileiro decidir pelo adiamento do compromisso, para se concentrar no apoio às localidades atingidas pela catástrofe climática.
A agenda de Lula em Santiago, capital do país andino, teve início no Palácio de La Moneda, onde o mandatário foi recebido por seu homólogo Gabriel Boric.
Minutos depois, os dois presidentes realizaram uma reunião bilateral, na qual conversaram sobre temas da contingência regional, incluindo as repercussões das eleições na Venezuela, questão sobre a qual os dois governos mantêm divergência.
O Chile afirma não reconhecer a legitimidade dos resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que dão a vitória ao presidente Nicolás Maduro e confirmam sua reeleição para um terceiro mandato; enquanto o Brasil disse que tomará posição apenas quando todas as atas forem apresentadas pelas autoridades eleitorais venezuelanas.
Segundo a imprensa chilena, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet participará de reuniões entre Lula e Boric, e também de um almoço no Palácio de La Moneda, sede do Executivo chileno.
Bachelet foi a primeira mulher a governar o Chile, e comandou o país em dois mandatos não consecutivos: o primeiro entre 2006 e 2010, o segundo entre 2014 e 2018.
O encontro terminou com a assinatura dos 17 acordos bilaterais, que abrangem temas como ciência, tecnologia, educação, segurança e direitos humanos, formalizando programas de cooperação entre os países em todos esses âmbitos.