Os alunos de algumas escolas públicas do estado norte-americano do Missouri poderão ter uma nova disciplina na grade curricular, para ensiná-los a usar armas de maneira segura. A medida é o resultado de uma lei aprovada na última sexta-feira (17/07) pelo governador do estado, Jay Nixon, e apoiada pela NRA (Associação Nacional de Rifles dos Estados Unidos, na sigla em inglês).
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A lei, apesar de não obrigar as escolas públicas a adotar o programa, conhecido como Eddie Eagle GunSafe e criado em 1988, determina que os colégios que o aplicarem poderão solicitar subsídios financeiros estatais. Além disso, também é exigido dos funcionários que participem de um treinamento de armas ministrado por policiais.
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Curiosamente, a medida foi proposta um dia antes do massacre da Sandy Hook Elementary School, ocorrido em dezembro do último ano no estado de Connecticut, provocando a morte de 28 pessoas – 20 delas eram crianças. O projeto também proíbe que tanto os funcionários das escolas quanto os instrutores façam qualquer juízo de valor sobre armas de fogo.
Polêmicas
O Eddie Eagle GunSafe já causou divisão de opiniões nos Estados Unidos, sendo que partidários e opositores do programa chegaram a se manifestar na mídia, expondo seus argumentos.
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O senador Dan Brown, por exemplo, membro vitalício da NRA, declarou seu apoio à proposta dizendo que esta tem por objetivo “promover a proteção e a segurança das crianças”. O diretor nacional da NRA, Eric Lipp, também apoia o programa, que, segundo ele, pretende “passar às crianças uma mensagem de segurança que pode chegar a salvar suas vidas”.
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Em sua página na internet, o programa, que tem a águia como mascote, explica que não tem intenção de “ensinar se são boas ou ruins [as armas]” e que não faz “juízos de valor sobre elas, que nem sempre são utilizadas em sala de aula”. Há também um vídeo em que a águia ensina as quatro regras básicas do plano: “Pare! Não a toque. Deixe a área. Chame um adulto”.
Mesmo entre os pais das crianças há opiniões divergentes sobre o programa da NRA. Amy Jordan Wooden, por exemplo, tem dois filhos e considera que o ensino sobre armas não compete à escola. “Confio que os pais saibam ensinar adequadamente sobre o uso de armas. É aí que está a responsabilidade, não em um plano de estudos”, disse.
Já Cathy Peters declarou apoio à nova lei, dizendo à rede CNN que “há muitas crianças que pegam uma arma e matam as outras. Estou de acordo com essa leio, acredito que eles devem saber como usar uma arma. Seria de grande ajuda”.