Terça-feira, 13 de maio de 2025
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A cidade de Roma, na Itália, receberia no próximo sábado (03/05) uma nova reunião entre as delegações do Irã e dos Estados Unidos, que miram avançar mais um passo rumo a um possível acordo sobre o programa nuclear do país persa.

No entanto, o governo de Omã anunciou nesta quinta-feira (01/05) que a cúpula foi adiada “para uma data a ser determinada”. O ministro das Relações Exteriores do país, Badr Albusaidi, declarou que a quarta rodada das negociações foi “adiada por razões logísticas”. Até o momento, as conversas ainda não produziram muitos resultados definitivos em relação ao assunto.

Abbas Araghchi, chanceler do Irã, chegou a revelar que antes do encontro com os norte-americanos haveria uma reunião com França, Reino Unido e Alemanha. Segundo ele, o papel desses três países nas conversas “diminuiu por causa de suas políticas errôneas e pouco construtivas”.

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“Além das declarações recentes de algumas autoridades europeias”, disse o iraniano, fazendo referência aos comentários do chanceler francês, Jean-Noel Barrot, que ameaçou reativar sanções ao Irã.

Diplomacia e ameaças

Tais negociações indiretas entre o enviado dos EUA, Steve Witkoff, e Araghchi, que começaram em 12 de abril e foram mediadas por Omã, representam o contato de mais alto nível entre Washington e Teerã nos últimos anos. As conversas seguem a carta que o presidente norte-americano, Donald Trump, enviou em março ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, na qual pediu negociações, mas alertou sobre uma possível ação militar se o país recusasse.

Apesar dos “progressos” alcançados durante as últimas negociações, as ameaças norte-americanas seguem de pé. No último encontro em Mascate, Trump se mostrou otimista, insinuando, no entanto, que a opção militar segue sobre a mesa.

O ministro iraniano, por sua vez, também pareceu cauteloso sobre o assunto, dizendo que ainda havia “diferenças tanto nas questões principais quanto nos detalhes”.

(*) Com Ansa.