Nascido em Viena, na Áustria, Paul Singer emigrou com a família para o Brasil em 1938, fugindo da perseguição nazista aos judeus.
No Brasil, trabalhou como operário e participou ativamente da histórica greve dos 300 mil, em 1953. Formou-se em economia e doutorou-se em sociologia, sob a orientação de Florestan Fernandes.
Em 1968, foi cassado pelo Ato Institucional nº. 5, o famigerado AI-5, o que significou sua expulsão da Universidade de São Paulo, onde lecionava.
Em 1980, foi um dos fundadores do PT, junto a uma leva de intelectuais que são parte fundamental do pensamento social brasileiro, como Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Freire, Antonio Candido, Marilena Chauí, Mário Pedrosa, Lélia Abramo, Hélio Pellegrino, entre muitos outros.
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Paul Singer (24 de março de 1932, 16 de abril de 2018) é e sempre será lembrado por sua história, suas ideias e suas lutas.
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Singer é um dos clássicos do pensamento econômico brasileiro que repensou o trabalho, o desenvolvimento urbano e a solidariedade enquanto utopias que estão ao nosso alcance.
Uma de suas mais insistentes batalhas, além da economia solidária e a renda mínima, foi sobre a importância de o Brasil deixar de ser um país onde rico não paga imposto. Até paga, mas é ressarcido por generosas e inúmeras benesses. Quem de fato financia o Estado e inclusive paga as contas perdulárias dos mais ricos são principalmente os mais pobres e a classe média.
Vale a pena relembrar um artigo recente que Paul Singer escreveu. Que fique como um epitáfio ao Brasil mais justo e solidário pelo qual Singer lutou durante toda a sua vida.