O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou hoje (14) o novo imposto que sobre os bancos para penalizar excessos do sistema financeiro que permitirá recuperar parte do dinheiro público investido no resgate ao setor.
Se for aprovado pelo Congresso, o novo encargo – batizado de “taxa de responsabilidade na crise financeira” – permitirá arrecadar 90 bilhões de dólares em dez anos e 117 bilhões de dólares em 12 anos, segundo a Casa Branca. Nesse caso, as 50 maiores entidades que operam nos EUA deverão pagar o imposto, desde bancos até seguradoras e intermediários financeiros, sendo destes 15 filiais de empresas estrangeiras.
Pelos cálculos dos analistas, o imposto envolverá o pagamento de 1,5 milhão de dólares para cada 1 bilhão de dólares em ativos das entidades. Estimativas apontam que 60% das arrecadações serão oriundas das dez maiores empresas financeiras dos EUA.
Na apresentação da iniciativa, Obama disse que, se os grandes bancos estão em condições tão boas que podem pagar “bonificações obscenas”, também podem devolver aos cofres públicos o dinheiro que os salvou do colapso.
O presidente se referiu assim ao pacote de resgate financeiro de700 bilhões de dólares conhecido como Programa de Alívio de Ativos Depreciados (TARP, na sigla em inglês), aprovado no final de 2008 pelo governo de George W. Bush.
Levando em consideração que nem todo o dinheiro foi gasto, e que alguns bancos estão devolvendo as ajudas, a Casa Branca calcula que o TARP custará 117 bilhões de dólares, abaixo dos 341 bilhões de dólares previstos no meio do ano.
Se aprovado, o novo imposto ficará em vigor até ser recuperado todo o dinheiro público investido no resgate.
NULL
NULL
NULL