No dia em que um atentado suicida resultou na morte do ministro da Defesa e do cunhado do ditador sírio Bashar al Assad, o presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou para seu colega russo, Vladimir Putin, para debater formas de coibir o que ambos classificam como “a crescente violência na Síria”.
Enquanto membros da oposição armada ao governo de Assad persistem em seu ataque à capital do país com a chamada Operação Damasco Vulcão, os dois líderes concordam com a “necessidade de apoiar uma transição política o mais rápido possível”.
NULL
NULL
Efe
Em nota, a Casa Branca alega que Obama e Putin teriam “reconhecido as diferenças” que possuem com relação à questão síria e concordaram “em manter seus governos trabalhando por uma solução”.
Já o Kremlin também divulgou à imprensa que os dois líderes trataram das discordâncias entre seus governos, mas, em lugar do tom conciliador empregado pelo lado norte-americano, ressaltaram que “permanecem as diferenças de opinião sobre as medidas concretas para se chegar a uma resolução” política para a crise síria.
Os dois confessaram “perceber uma tendência à exacerbação da violência” no país árabe e convergiram em suas avaliações sobre a meta final do Conselho de Segurança da ONU, que é evitar uma “maior deterioração” do quadro político sírio.
Diante dos novos desdobramentos do que organizações de defesa dos Direitos Humanos como o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) já chamam de “uma guerra civil”, o Conselho de Segurança das Nações Unidas atendeu ao pedido do enviado da ONU à Síria e decidiu adiar a votação de mais sanções sobre o país.
Kofi Annan voltou a pedir aos países que compõem o grupo “ações fortes e coordenadas capazes de encerrar o derramamento de sangue”. A cúpula das Nações Unidas tem até a próxima sexta-feira (20/07) para decidir se renovará ou não o mandato dos observadores internacionais na Síria.