O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu à inteligência norte-americana nesta sexta-feira (09/12) que entregue um relatório divulgando os resultados das investigações feitas em cima da suposta interferência russa nas eleições presidenciais deste ano, que elegeram o empresário republicano Donald Trump.
O relatório, de acordo com membros da administração Obama, irá detalhar os supostos ataques ao Partido Democrata e a figuras importantes da legenda, como John D. Podesta, ex-chefe de campanha de Hillary Clinton, e a ela própria, que disputou a Presidência contra Trump.
Agência Efe
Obama pediu que seja divulgado relatório sobre suposta interferência da Rússia em eleições dos EUA
Não foram determinadas, porém, quais informações sobre as investigações devem ser divulgadas. Um dos motivos para isto é porque o FBI, que ainda possui uma investigação em aberto, e outras agências do país temem que suas fontes e métodos sejam revelados.
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“A Rússia foi bem sucedida em semear a discórdia durante as eleições. A administração deve tomar medidas para responder esta interferência cibernética descarada e trabalhar com nossos aliados na Europa que já foram alvos de ataques similares para impor consequências ao Kremlin”, disse ao jornal britânico The Guardian Adam Schiff, representante democrata no Comitê de Inteligência da Casa dos Representantes.
Em outubro, o diretor de inteligência nacional, James Clapper, e secretário da Agência de Segurança Interna, Jeh Johnson, emitiram um comunicado conjunto acusando o governo russo de ter hackeado o partido.
Na ocasião, o presidente eleito Donald Trump questionou as acusações de invasão e se os autores seriam de fato os russos. O empresário chegou a repetir suas dúvidas numa entrevista à revista Time nesta semana, afirmando não acreditar que a Rússia teria interferido nas eleições.
O relatório será entregue antes da saída de Obama da Casa Branca, no dia 20 de janeiro do ano que vem.