O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou a “tentativa do Ocidente de encobrir seu papel” no ataque terrorista no Crocus City Hall, em um comunicado emitido nesta segunda-feira (08/04).
A mídia ocidental foi instruída a manter silêncio sobre o número de vítimas do ataque à casa de shows perto de Moscou, e demonizar o governo russo após a tragédia, que deixou 144 mortos.
“As tentativas do Ocidente em distrair a comunidade internacional dos verdadeiros organizadores e beneficiários do ataque são particularmente cínicas”, categorizou a pasta russa.
Segundo sua acusação, os países ocidentais aplicaram a narrativa ao “não cobrir a verdadeira escala da tragédia na mídia, não mencionar o número de vítimas do ataque terrorista, de crianças mortas, nem mostrar a reação dos cidadãos comuns ao que aconteceu”.
O ministério acrescentou que, imediatamente após o ataque, a mídia e as autoridades ocidentais organizaram uma campanha de relações públicas para negar o envolvimento dos serviços de segurança ucranianos, criticando ainda a falta de simpatia e humanismo em relação aos russos.
Com relação à autoria do ataque, reconhecida pelo Estado Islâmico, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a mídia ocidental foi “instruída a replicar essa versão, negando os vínculos dos islamistas com Kiev e com os serviços secretos ocidentais”.
Em 22 de março, vários homens armados invadiram a sala de concertos Crocus City Hall e começaram a atirar nas pessoas. Os terroristas também provocaram um incêndio no local. O ataque deixou 144 mortos, segundo os últimos dados do Ministério para Situações de Emergência da Rússia.
Os quatro principais suspeitos do caso — todos cidadãos do Tajiquistão — tentaram fugir do local de carro, mas foram detidos já perto da fronteira russa e acusados de terrorismo.
As autoridades russas acreditam que o plano dos suspeitos era fugir para a Ucrânia, onde os organizadores do ataque tinham um refúgio seguro para eles. Uma investigação sobre o caso está em andamento.
(*) Com Sputnik