Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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Mais de 70 pessoas morreram nas últimas 24 horas na Rússia devido à onda de calor que assola o país – conhecido pelas baixas temperaturas na maior parte do ano -, noticiou a edição desta terça-feira (19/7) do jornal online russo Pravda. No mês de julho, já foram 1.244 mortes.

Segundo o veículo, todas as últimas mortes ocorreram como consequências de afogamento, pelo fato de várias pessoas tentarem se refrescar em piscinas, lagos e reservatórios, mesmo sem saberem nadar.

“De acordo com o Ministério de Situações de Emergência, apenas nas últimas 24 horas, 71 pessoas se afogaram em todo o território da Federação Russa”, cita o jornal.

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Na semana passada, outras 178 pessoas já tinham sido resgatadas pela defesa civil russa. Só na segunda-feira, foram 20 resgates.

Hoje, pela primeira vez em quatro semanas, não choveu em Moscou, onde as tempestades de verão e ventos fortes vinham causando estragos, como um guindaste derrubado. De acordo com a agência de notícias Interfaks, a palavra russa para chuva, “dojd'“, chegou a entrar para os trending topics do twitter – a lista de assuntos mais citados na plataforma.

Já o portal Vesti.ru divulgou que as próximas previsões da meteorologia indicam que, em muitas partes do país, as temperaturas médias vão subir até 37 graus no fim de semana. Segundo os meteorologistas, a cidade de Moscou pode chegar a bater o recorde histórico de temperatura alta, com 38,5 graus.


Novos hábitos

A mudança brusca do tempo já vem causando mudanças no cotidiano dos russo, acostumados ao frio, segundo a imprensa local. Guardas de trânsito estão sendo orientados a perdoar pequenas infrações, porque motoristas podem ter tonturas por causa do calor. Taxistas vêm cobrando taxas extras por ligar o ar-condicionado, segundo o jornal Komsomólskaia Pravda. E alguns hospitais estão reagendando cirurgias complexas para o outono (primavera no Brasil), quando se espera que as temperaturas estejam mais amenas.

Em países do extremo norte, é raro haver aparelhos de ar-condicionado nos ambientes, inclusive hospitais, lojas e agências bancárias.

“Aqui não há ar-condicionado. Ainda assim, se houvesse simples ventiladores, já seria muito melhor”, disse o chefe de cardiologia do hospital central de Nínji-Novgorod, Vladímir Tchiginev, citado pelo Vesti.ru.

Enquanto isso, a mídia russa noticia, em tom de curiosidade, que 150 pessoas morreram este mês na América do Sul – em países como Peru, Uruguai, Argentina, Paraguai e o próprio Brasil -, num inverno tido como atípico em um continente conhecido no imaginário dos russos pela associação com o calor.

 

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Onda de calor mata 71 nas últimas 24 horas na Rússia

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