Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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O Conselho de Segurança, principal instância da Organização das Nações Unidas (ONU), irá se reunir nesta sexta-feira (13/06), em caráter emergencial, para analisar os dois ataques lançados por Israel contra o território do Irã.

O encontro foi convocado após Teerã entregar uma carta oficial às autoridades da ONU acusando Tel Aviv de cometer “uma agressão ilegal e imprudente” e enumerando as violações ao direito internacional que o país governado pelo sionista Benjamin Netanyahu teria perpetrado com suas operações militares.

A missiva iraniana, assinada pelo chanceler Seyed Abbas Araghchi, também fala no direito da república islâmica de enviar uma “resposta decisiva e proporcional” contra o território israelense.

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“Esse ataque imprudente não só colocou em risco a vida de civis iranianos, mas também representou uma ameaça alarmante à paz e à segurança regional e internacional, com o risco de um desastre radiológico”, alertou Araghchi, que destacou o fato de o bombardeio israelense ter atingido a central nuclear de Natanz, considerada estratégica para o programa nuclear do país.

A carta iraniana termina evocando o artigo 51 da Carta da ONU, para defender o direito do país à legítima defesa.

“A República Islâmica do Irã agirá com total determinação para proteger sua soberania, seu povo e sua segurança nacional. Esse direito não é negociável. Israel se arrependerá profundamente dessa agressão imprudente e do grave erro de cálculo estratégico que cometeu”, argumento o governo iraniano.

Chanceler iraniano Seyed Abbas Araghchi enviou carta ao Conselho de Segurança da ONU sobre ataques de Israel
Shadati / Xinhua

Guterres repudia ação de Israel

O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, condenou os ataques israelenses no Irã e pediu “máxima contenção” por parte dos Estados-Membros.

“Qualquer escalada militar no Oriente Médio deve ser censurada”, afirmou a principal autoridade das Nações Unidas, em breve comunicado emitido por seu gabinete.

A mensagem foi apoiada por Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). “Este acontecimento é profundamente preocupante”, disse o diplomata argentino.

Outro que apelou à prudência foi Farhan Haq, porta-voz adjunto de Guterres. Segundo ele, o secretário-geral “está particularmente preocupado com os ataques israelenses a instalações nucleares no Irã, sobretudo pelo fato de isso acontecer enquanto as negociações entre o Irã e os Estados Unidos sobre o status do programa nuclear iraniano estão em andamento”.

Com informações de UN News e Al Jazeera.