Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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(*) Atualizada às 18h14.

A oposição ultradireitista da Venezuela espalhou na tarde desta quinta-feira (09/01) que a líder María Corina Machado havia sido presa no final de um protesto contra o governo de Nicolás Maduro em Caracas.

Pelas redes sociais, o Comando Nacional de Campanha (Comando ConVzla) de Machado e o candidato derrotado Edmundo González Urrutia disseram que agentes policiais dispararam contra as motocicletas que a transportavam, enquanto ela deixava o local.

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A postagem ainda falou que a ex-deputada opositora supostamente “foi violentamente interceptada” ao deixar a concentração.

Agora, após desmentirem a suposta prisão, o Comando ConVzla disse que, ao sair da manifestação em Chacao, na capital venezuelana, Corina Machado foi “interceptada, obrigada a gravar vários vídeos e posteriormente foi libertada”.

O grupo falou que, “nas próximas horas”, a opositora irá se dirigir ao país e “explicar os fatos”.

Essa foi a primeira aparição pública de Corina Machado em meses após Urrutia perder a eleição de 28 de julho para Maduro. O governo venezuelano, inclusive, chegou a apontar que a opositora teria deixado o país, assim como o fez seu colega que ficou exilado na Espanha.

Porém, meios de comunicação desmentiram a possível prisão de Corina. O La Iguana, por exemplo, chamou de “falso positivo” a detenção da ex-deputada.

Segundo o jornal, Corina utilizou essa farsa para “tampar o fracasso” das manifestações que a oposição convocou para esta quinta.

“É completamente falso que a líder da extrema direita María Corina Machado tenha sido detida pelas autoridades venezuelanas esta quinta-feira”, disse o La Iguana.

Reprodução / @ConVzlaComando
Maria Corina Machado discursa em manifestação contra o governo Maduro em Caracas

Já o Venezuela News afirmou que a informação da prisão era “completamente falsa”. O jornal publicou um vídeo no qual a opositora garante que está em “perfeitas condições”, desmentindo as notícias de sua suposta prisão.

“Vale lembrar que mais uma vez ficou demonstrado o fracasso da chamada às ruas feita nesta quinta-feira, um dia antes da posse do presidente constitucional da República, Nicolás Maduro”, afirmou o Venezuela News.

“Uma operação falsa”

Pelo Telegram, o chanceler venezuelano, Yván Gil, disse que Corina tentou uma “operação de falsa bandeira” ao tentar “burlar a direita e o fascismo internacionais”.

“A senhora Machado tem várias questões judiciais abertas na Venezuela, sobre as quais deverá prestar conta, porém o proceder do governo bolivariano sempre será apegado ao Estado de Direito”, disse.

Gil aproveitou para criticar a “cumplicidade” de governos e personalidades extremistas que tão pronto reagiram ao comunicado da oposição. “Outro fiasco da ultradireita venezuelana, outra palhaçada do fascismo internacional”, afirmou.