Integrantes de partidos de
oposição na Venezuela utilizaram as redes sociais para pedir que a população se
recuse a responder ao censo nacional, que teve início nesta quinta-feira
(01/09). Eles criticam algumas das 69 perguntas do questionário, por suposto caráter
político e eventual invasão de privacidade.
O presidente Hugo Chavez,
que ainda permanece em repouso após ter se submetido à terceira sessão de
quimioterapia para o tratamento de um câncer, reagiu dizendo que os
oposicionistas perderam a razão.
“Os esquálidos são
loucos. Agora andam dizendo que não respondam o Censo. E digo loucos porque não
têm razão. Isto é estranho, mas assim anda a oposição venezuelana: sem
razão”, declarou o presidente, por telefone, à emissora estatal VTV.
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Os questionários serão
aplicados por cerca de 22 mil agentes censitários. A expectativa é ouvir 7,5
milhões de famílias até 30 de novembro. A Venezuela é o terceiro país da América
Latina a usar meios eletrônicos para aplicar o censo, depois de Brasil e Colômbia.
Parte dos agentes não utilizarão papel e caneta.
Segundo o presidente do Instituto
Nacional de Estatísticas da Venezuela, Elías Eljuri, as críticas da oposição não
tem sentido, já que o censo foi aprovado por agências ligadas à ONU (Organização
das Nações Unidas). “Faremos as perguntas de sempre, sobre moradia, habitação e
as características individuais das pessoas”, disse.
Hugo Chavez afirmou que “o programa da direita venezuelana é um
atentado contra os jovens e as crianças, é a violência, o ódio”. Segundo
ele, “de cada cem venezuelanos mais de 90 devem aprovar a revolução”.
“Eu não entendo um jovem que apoie o capitalismo e a barbárie, é a
exclusão e a negação do futuro”, disse.
O presidente venezuelano fez um chamado à população para “nos unirmos
para seguir defendendo a pátria perpétua e socialista”. Chávez contou que
durante a internação no Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo, em Caracas, viu
quando um grupo de jovens do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela)
cortou o cabelo, em solidariedade a ele, na frente do centro médico.
“Se esta doença que Deus me mandou serve para algo bom, mais além das
minhas próprias reflexões e do meu retorno e da minha sanidade espiritual e
física, é que daqui vou sair mais fortalecido rumo à campanha de 2012, que é a
grande vitória das eleições presidenciais”, disse.
Chávez foi diagnosticado com câncer em junho, durante
uma viagem oficial a Cuba, onde, no mesmo mês, se submeteu a uma cirurgia para
a retirada do tumor maligno.
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