Órgão eleitoral do Equador rejeita recurso e mantém resultado do 2º turno presidencial
Revolução Cidadã, da candidata de oposição Luisa González, entregou mais de mil atas físicas apontando indícios de fraude eleitoral; ex-presidente Rafael Correa criticou 'governo criminoso'
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador rejeitou na noite de segunda-feira (28/04) um recurso apresentado pela aliança de oposição Revolução Cidadã (RC), da candidata presidencial Luisa González, contra o resultado do segundo turno das eleições realizadas em 13 de abril. A decisão foi tomada com quatro votos a favor e uma abstenção em sessão plenária.
No domingo (27/04), o RC havia entregue ao CNE 1.021 atas físicas apontando supostas irregularidades e indícios de fraude eleitoral.
“No total, são 16.026 folhas de contagem que foram apresentadas nas diferentes reivindicações e consolidadas nesta objeção”, declarou Francisco Estarellas, procurador da aliança.
Após a rejeição do órgão eleitoral, o ex-presidente Rafael Correa, que governou o Equador entre 2007 e 2017, e configura uma figura influente do movimento, acusou o CNE de consumar uma “fraude monstruosa”.
“Por que não abrem as urnas?”, questionou o ex-mandatário pela plataforma X. “Eles sabem que perderam. Sabem que é impossível que Luisa González ‘retroceda’ quase 16.000 mesas entre o primeiro e o segundo turno. Somos governados por criminosos”.
Consuman así un monstruoso fraude.
¿Por qué no abren las urnas?
Saben que perdieron. Saben que es imposible que Luisa González «retroceda» en casi 16.000 mesas entre primera y segunda vuelta.#NosGobiernanDelincuentes https://t.co/n8pc5fS23S pic.twitter.com/f0AnEeriTL— Rafael Correa (@MashiRafael) April 29, 2025

Divulgação/Consejo Nacional Electoral del Ecuador
Antes da decisão do CNE, o RC anunciou que recorrerá a todas as instâncias jurídicas, incluindo o Contencioso Eleitoral e organismos internacionais, para contestar os resultados. A aliança sustenta que há irregularidades não resolvidas no processo.
Na última quinta-feira (24/04), o CNE oficializou os resultados eleitorais e confirmou como válida a reeleição do presidente conservador Daniel Noboa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), com 55,63% dos votos, contra 44,37% de Luisa González. A instância eleitoral descartou a possibilidade de novas reclamações, encerrando oficialmente o processo de apuração.
(*) Com Telesur
