Terça-feira, 13 de maio de 2025
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador rejeitou na noite de segunda-feira (28/04) um recurso apresentado pela aliança de oposição Revolução Cidadã (RC), da candidata presidencial Luisa González, contra o resultado do segundo turno das eleições realizadas em 13 de abril. A decisão foi tomada com quatro votos a favor e uma abstenção em sessão plenária.

No domingo (27/04), o RC havia entregue ao CNE 1.021 atas físicas apontando supostas irregularidades e indícios de fraude eleitoral.

“No total, são 16.026 folhas de contagem que foram apresentadas nas diferentes reivindicações e consolidadas nesta objeção”, declarou Francisco Estarellas, procurador da aliança.

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Após a rejeição do órgão eleitoral, o ex-presidente Rafael Correa, que governou o Equador entre 2007 e 2017, e configura uma figura influente do movimento, acusou o CNE de consumar uma “fraude monstruosa”.

“Por que não abrem as urnas?”, questionou o ex-mandatário pela plataforma X. “Eles sabem que perderam. Sabem que é impossível que Luisa González ‘retroceda’ quase 16.000 mesas entre o primeiro e o segundo turno. Somos governados por criminosos”.

O Revolução Cidadã entregou ao Conselho Nacional Eleitoral do Equador 1.021 atas físicas apontando supostas irregularidades e indícios de fraude eleitoral
Divulgação/Consejo Nacional Electoral del Ecuador

Antes da decisão do CNE, o RC anunciou que recorrerá a todas as instâncias jurídicas, incluindo o Contencioso Eleitoral e organismos internacionais, para contestar os resultados. A aliança sustenta que há irregularidades não resolvidas no processo.

Na última quinta-feira (24/04), o CNE oficializou os resultados eleitorais e confirmou como válida a reeleição do presidente conservador Daniel Noboa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), com 55,63% dos votos, contra 44,37% de Luisa González. A instância eleitoral descartou a possibilidade de novas reclamações, encerrando oficialmente o processo de apuração.

(*) Com Telesur