A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a Rússia reataram os laços após sete meses. Os ministros do Exterior dos países da aliança decidiram hoje (5), em reunião em Bruxelas, retomar as relações formais com os russos, fato celebrado por Moscou. A Rússia estava afastada desde que invadiu a Geórgia, em agosto de 2008.
“É um passo na direção correta, e constatamos com satisfação que na Otan se impôs o bom senso”, disse o porta-voz adjunto da chancelaria russa, Igor Liakin-Frolov. Ele acrescentou, no entanto, que esta decisão não deveria ser um passo “unilateral” da Otan, mas “uma decisão conjunta com a Rússia”, segundo a agência estatal RIA Novosti.
A retomada de relações incluirá a participação da Rússia nas reuniões de alto nível e acontecerá “o mais rápido possível”, após a cúpula de chefes de Estado e de Governo da Otan, em abril, disse o secretário-geral da aliança, Jaap de Hoop Scheffer.
No entanto, Scheffer lembrou que a Otan não pode aceitar algumas atitudes da Rússia, como os planos para construir instalações militares nas repúblicas separatistas georgianas da Abkházia e da Ossétia do Sul, que os aliados consideram “território da Geórgia”.
“Decidimos retomar o diálogo. Parecia simples, mas nos levou tempo”, disse o ministro de Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, em referência ao longo debate que antecedeu a decisão.
O secretário-geral da Otan disse que a Rússia “é um ator mundial”, por isso a falta de diálogo com Moscou “não é uma opção”, apesar das diferenças com a política externa do Kremlin.
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