O diretor civil da OTAN no Afeganistão, Mark Sedwill, informou nesta sexta-feira (19/11) que o controle total da segurança do país deve ser transferido para o governo afegão antes de 2014, como está previsto, desde que “todas as circunstâncias” sejam favoráveis. Em entrevista coletiva em Lisboa, onde ocorre a cúpula da OTAN, Sedwill deu detalhes sobre a saída progressiva das tropas internacionais do Afeganistão a partir do ano que vem.
“Achamos que esse objetivo – de ceder o controle em matéria de segurança no final de 2014 – é realista e temos planos para isso. Inclusive, se as circunstâncias permitirem, poderia ocorrer antes do previsto”, disse.
Leia mais:
Talibãs são mortos em operação da OTAN no Afeganistão
Secretário-geral da OTAN: aliança não quer ser “patrulha mundial”
China, Índia e Rússia acertam posturas comuns sobre Irã e Afeganistão
Análise: A guerra no Afeganistão: ano dez
O diretor civil da OTAN reconheceu que em algumas regiões do país a transferência do controle de segurança para os afegãos poderia levar entre 18 e 24 meses. Seu trabalho atual se concentra em identificar por quais províncias a transição deve começar.
Sedwill admitiu que será necessário aumentar as forças de segurança afegãs até atingir os 360 mil soldados para que possam garantir a estabilidade no país. Para ele, será preciso continuar com os trabalhos de treinamento destas tropas “depois de 2014” e equipá-las com o devido equipamento.
Garantia
A saída do país asiático só pode acontecer quando estiver garantida a “irreversibilidade” do processo de estabilização, uma fase que ainda não foi alcançada, disse Sedwill. Ele acredita que atualmente os afegãos confiam mais nas tropas internacionais que em suas próprias forças de segurança, mas querem a polícia e o exército sejam “capacitados” para realizar estas funções.
Sobre o processo de reconciliação entre os talibãs e o governo afegão, Sedwill afirmou que não tem nenhuma notícia sobre o assunto.
“Queremos que este processo cresça, mas está nas mãos dos insurgentes”, ressaltou.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL