Centenas de pessoas protestaram hoje (31) dos dois lados da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza contra o bloqueio imposto pelas autoridades israelenses ao território palestino.
“Trata-se de uma manifestação pacífica que tem como objetivo expressar a solidariedade da comunidade internacional com o povo palestino que está sofrendo em Gaza”, declarou à agência de notícias francesa AFP Amjad al-Shawa, um dos organizadores do protesto.
Um grupo de 84 militantes de ONG internacionais chegou ontem à noite a Gaza, vindos do Egito, para participar de uma marcha de solidariedade no primeiro aniversário da ofensiva israelense contra o território palestino. Cerca de 1.400 militantes de ONG internacionais de 43 países deviam participar do evento, mas o Egito só liberou a passagem de uma centena de pessoas.
Acompanhados de algumas centenas de palestinos, estes militantes foram para o terminal de Erez, o principal ponto de passagem entre Israel e a Faixa de Gaza.
Entre eles, um pequeno grupo de judeus ortodoxos anti-sionistas segurou uma faixa com a inscrição: “Sim ao judaísmo, não ao sionismo. O Estado de Israel deve desaparecer”.
Do lado israelense do terminal de Erez, dezenas de manifestantes israelenses e estrangeiros ergueram bandeiras palestinas e faixas pedindo “Liberdade para Gaza”.
O movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, aprovou a vinda dos militantes internacionais.
“Não estamos sozinhos em Gaza. Temos muitos amigos fora da Palestina que vieram hoje protestar contra o sítio à Faixa de Gaza, contra a ocupação israelense, contra os crimes israelenses em Gaza e em toda a Palestina”, declarou o porta-voz do Hamas em Gaza, Taher al-Nunu.
No Cairo, policiais egípcios agrediram militantes de ONG internacionais reunidos para participar de uma “marcha da liberdade para a Faixa de Gaza”.
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