Após o premiê britânico David Cameron ter anunciado, neste sábado (20/02), que o referendo para decidir se o Reino Unido deve ou não permanecer na UE (União Europeia) será realizado em 23 de junho, o líder do partido trabalhista Jeremy Corbyn classificou o acordo firmado entre o primeiro-ministro e a UE como “irrelevante”.
Para Corbyn, as “prioridades” de Cameron foram “apaziguar seus oponentes do Partido Conservador”, que defendem o chamado Brexit, mas não fez nada “para promover o emprego seguro, defender a indústria ou deter a expansão dos salários baixos”, ressaltou em um comunicado.
Here's the statement I released earlier this morning in response to David Cameron's EU deal:”Despite the fanfare, the…
Posted by Jeremy Corbyn on sábado, 20 de febrero de 2016
Mesmo crítico à condução do premiê, o líder trabalhista ressaltou que “fará campanha no próximo referendo para que o Reino Unido siga na Europa”.
“Apesar de toda fanfarronice, o acordo que David Cameron fechou com Bruxelas sobre a relação com a União Europeia é um acontecimento secundário e as mudanças que negociou são em grande medida irrelevantes para os problemas da maioria dos britânicos”, ressaltou.
Wikicommons
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Corbyn destacou ainda que o acordo é “uma oportunidade perdida de realizar as mudanças que realmente precisamos”.
Acordo
O acordo prevê que Londres possa ativar por sete anos o chamado “freio de emergência” no acesso ao seu sistema de bem-estar social por parte de imigrantes que entrarem no país para trabalhar. Atualmente, o usufruto dos benefícios é gradual em um período de quatro anos. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pedia que o “freio” fosse de sete anos, renovável por dois períodos de três anos cada.
Agência Efe
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Além disso, o país conseguiu que, nas próximas revisões dos tratados europeus, seja inserido um parágrafo no qual estará escrito explicitamente que ele está excluído do conceito de “União cada vez mais estreita”, o princípio fundador da comunidade europeia.
O limite à integração política dentro do bloco e o controle do acesso à rede de bem-estar social britânica eram as duas principais exigências de Cameron para continuar na UE.
O pacto só entrará em vigor se a permanência no bloco for aprovada no referendo de junho.
*Com informações da Agência Ansa