O governo do Panamá enviou uma à Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (22/01), para expressar sua preocupação com as declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cerimônia de posse do seu segundo mandato.
A mensagem foi protocolada pelo embaixador panamenho na ONU, Eloy Alfaro de Alba, e endereçada ao secretário-geral da entidade, o diplomata português António Guterres.
Na carta, o Panamá acusa o mandatário norte-americano de ameaçar o país com mentiras, ao dizer que poderia ordenar uma ação militar para retomar o controle do Canal do Panamá.
O país centro-americano também se queixa dos argumentos usados por Trump para justificar essa possível medida.
O líder da extrema direita norte-americana afirma que o Panamá cedeu a soberania do Canal à China, e que teria “violado os acordos sobre a cessão da passagem interoceânica, o que o governo local assegura na missiva que “carece de provas documentais e concretas”.

Carta à ONU pede reunião do Conselho de Segurança sobre ameaças de Trump de retomar Canal do Panamá à força
O embaixador panamenho afirmou a meios de comunicação do seu país que a mensagem a Guterres enfatiza as diretrizes do artigo 2º da Carta das Nações Unidas.
O dispositivo estabelece que “os membros da ONU, nas suas relações internacionais, abster-se-ão de recorrer à ameaça ou ao uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, ou de qualquer forma inconsistente com os propósitos das Nações Unidas”.
Em outro trecho, o governo do Panamá pede que o caso seja avaliado pelo Conselho de Segurança, principal órgão interno da ONU.
“Solicitamos seus bons ofícios (de Guterres) para transmitir esta comunicação aos quinze membros do Conselho de Segurança, para que o caso seja analisado”, afirma o texto.
Com informações de TeleSur.