Quarta-feira, 14 de maio de 2025
APOIE
Menu

Em pronunciamento realizado nesta quarta-feira (07/05) através de meios de comunicação estatais, o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, repudiou o ataque com mísseis realizado durante na noite anterior pelas forças armadas da Índia, que atingiram alvos na região da Caxemira controlada pelos paquistaneses.

Segundo Sharif, o ataque indiano foi “covarde”, e resultou na morte de 26 pessoas, além de ter deixado outras 46 feridas. “Todas as vítimas foram civis inocentes”, acrescentou.

O premiê também prometeu a Índia “terá que sofrer as consequências” de seus ataques aéreos, e que seu governo convocou o Comitê de Segurança Nacional para preparar as retaliações contra o país vizinho.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Talvez eles tenham pensado que iríamos recuar, mas não se deram conta do fato de que esta é uma nação construída sobre a coragem”, frisou Sharif.

‘Índia quer enganar o mundo’

O ministro do Planejamento paquistanês, Ahsan Iqbal, um dos integrantes do comitê convocado pelo governo, rechaçou a versão oficial difundida por Nova Délhi, de que o ataque aéreo desta terça-feira (06/05) atingiu apenas “locais de infraestrutura terrorista”.

“Se trata de uma grande mentira, a Índia está tentando enganar o mundo com uma versão baseada em indícios falsos”, alegou o político, em entrevista ao canal britânico BBC.

Primeiro-ministro do Paquistão convocou Comitê de Segurança Nacional para debater sobre represálias contra a Índia
Governo do Paquistão

Operação Sindoor

A Índia lançou nesta terça-feira a “Operação Sindoor”, que atingiu nove alvos dentro do Paquistão, informou o Ministério da Defesa de Nova Délhi.

“Há pouco tempo, as Forças Armadas indianas iniciaram a ‘Operação Sindoor’, atacando infraestruturas terroristas no Paquistão e na Caxemira ocupada pelo Paquistão, de onde ataques terroristas contra a Índia têm sido planejados e coordenados”, disse o ministério em um comunicado.

O ataque foi o episódio mais recente de uma escalada de tensões que se iniciou após um ataque perto de Pahalgam, na região indiana de Jammu e Caxemira, em 22 de abril. Vários homens armados abriram fogo contra turistas no vale de Baisaran, um destino turístico popular.

Um grupo chamado Frente de Resistência, ligado à organização Lashkar-e-Taiba, considerada terrorista por Nova Délhi, assumiu a responsabilidade pelo ataque que matou 25 indianos e um cidadão nepalês.

Horas antes do lançamento da Operação Sindoor, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo para que Índia e Paquistão evitassem uma escalada do conflito, alegando que isso poderia “facilmente sair de controle”.

 

Com informações do The Guardian.