Paquistão confirma 26 mortes após ofensiva indiana; retaliação foi autorizada
Forças Armadas do país foram autorizadas a realizar 'ações correspondentes' e aumentaram nível de alerta militar
O Paquistão informou que pelo menos 26 civis foram mortos, incluindo várias crianças, e que 46 pessoas ficaram ficaram feridas após o ataque de mísseis da Operação Sindoor, da Índia, ocorrido nesta terça-feira (06/05).
Nesta manhã (07/05), o gabinete do primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, afirmou que as Forças Armadas do país foram autorizadas a realizar “ações correspondentes”.
Uma multidão se reuniu para os funerais realizados pelos mortos nos ataques aéreos em Muridke. Em Peshawar, membros da Liga Muçulmana Central do Paquistão promoveram uma manifestação anti-Índia.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, o ministro Mohammad Ishaq Dar informou pessoalmente o embaixador Jiang Zaidong da China sobre “a grave situação após a violação não provocada da soberania do Paquistão pela Índia e a trágica perda de vidas inocentes”.
‘Ele ressaltou a firme determinação do Paquistão em proteger sua soberania e integridade territorial a todo custo Os dois lados trocaram opiniões sobre os desenvolvimentos da segurança regional e concordaram em manter estreita coordenação e comunicação em todas as áreas relevantes’, reporta The Guardian.
Já o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, informou nas redes sociais ter conversado com o primeiro-ministro e o ministro das Relações Exteriores do Catar, sobre o que descreveu como “uma resposta direcionada e comedida da Índia para deter o terrorismo transfronteiriço”.
A Índia alega ter atingido nove alvos que descreve como “infraestrutura terrorista”.
‘Caças estão operacionais’
Na noite desta terça-feira, o porta-voz do Exército paquistanês, Ahmed Sharif Chaudhry, declarou que todos os caças de seu país estão operacionais, aumentando as tensões na região disputada da Caxemira, administrada pela Índia.
A escalada militar marca um novo capítulo no conflito bilateral entre as potências nucleares. Nova Déli atribui a ofensiva na Caxemira a grupos apoiados por Islamabad, acusação negada pelo Paquistão.

Reprodução / Forças Armadas do Paquistão
As autoridades paquistanesas aumentaram seu nível de alerta militar, antecipando possíveis contra-ataques indianos, uma mobilização que inclui não apenas aeronaves, mas também sistemas de defesa terrestre, relata a imprensa local.
Segundo declaração do Ministério da Defesa da Índia, o ataque foi uma retaliação “após o brutal ataque terrorista em Pahalgam, no qual 25 cidadãos indianos e um nepalês foram mortos”.
No domingo (04/05), a Índia havia restringido o fornecimento de água da Represa de Baglihar. As comportas da represa no Rio Chenab foram fechadas para limitar o fluxo de água para a província de Punjab, no Paquistão.
Desde o ataque de abril, ambos os países intensificaram suas demonstrações de força, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e nações como a China pedindo moderação.
Da mesma forma, os esforços de mediação diplomática, liderados pelo Catar e pela Turquia, e outras nações como o Irã, buscam evitar um conflito aberto entre as duas potências nucleares.
(*) Com TeleSur.
