O ministro de Defesa da Colômbia, Rodrigo Rivera, declarou que seu país exerce “sua própria soberania” ao admitir bases militares norte-americanas em seu território para enfrentar os “flagelos que ameaçam sua sociedade”.
“As opiniões contrárias são respeitadas, mas a realidade da Colômbia mostra a necessidade de combater os males que ameaçam com a cooperação internacional”, afirmou Rivera em uma coletiva de imprensa concedida nesta terça-feira (23/11) na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra.
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O ministro colombiano expressou o convencimento de que para “lutar contra crimes transnacionais como o narcotráfico é necessário utilizar todos os instrumentos e estratégias”, entre eles, por exemplo, acordos entre nações para levantar sigilos bancários.
Em meio a uma reunião de ministros de Defesa das Américas, Rivera informou que as foraçs de segurança de seu país se preparam para desarticular um cartel do narcotráfico “que opera sob camuflagem das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”).
Ele disse que este grupo é liderado por Fabián Ramírez e “representa uma das últimas organizações do narcotráfico que operam especificamente no departamento de Caquetá”, onde as forças de segurança trabalham para desarticulá-lo “e deter suas cabeças”.
Ramírez, segundo o ministro, “transformou um grupo das Farc em um grupo do narcotráfico que operava” nesta região inicialmente cobrando “impostos” dos camponeses. O cartel teria laboratórios de refinamento de droga “e até cultivos ilícitos de coca”.
O funcionário colombiano também atribuiu os resultados conquistados até hoje contra os cartéis em seu país por causa “da decisão das autoridades de enfrentar o crime com todos os recursos possíveis e acertar acordos internacionais”.
Rivera atestou que a experiência em seu país ensina que, “quando se fortalecem os sistemas de inteligência e se levanta seu sigilo bancário, é possível acertar duros golpes contra o narcotráfico até onde mais lhe dói, que são os recursos que acumulam”.
Com apoio do México e dos Estados Unidos, de acordo com o ministro, foi possível fazer interceptação de drogas em seu país entre setembro e outubro deste ano que valiam aproximadamente 150 milhões de dólares.
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