O parlamento britânico rejeitou nesta quinta-feira (29/08) por uma pequena margem a moção do primeiro-ministro, David Cameron, que propunha uma intervenção militar “legal e proporcional” na Síria.
“Está claro que o Parlamento não quer uma intervenção militar na Síria. Entendo e o governo atuará em conformidade”, disse Cameron após perder a proposta na Câmara dos Comuns.
A moção foi rejeitada por 285 votos contra e 272 a favor, depois que o Partido Trabalhista, de oposição, se posicionou contra a sugestão do primeiro-ministro conservador de responder ao suposto uso de armas químicas na Síria.
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A pressão da oposição trabalhista e de alguns deputados da coalizão do governo já tinha obrigado Cameron a suavizar sua primeira proposta e a apresentar hoje um texto que condicionava a invasão a uma segunda votação na Câmara dos Comuns, assim que for entregue o relatório dos inspetores da ONU.
Mesmo assim, a moção foi derrubada, pouco depois de uma emenda apresentada pelos trabalhistas que pediam “provas conclusivas” dos supostos ataques com armas químicas do regime de Bashar al Assad também ter sido rejeitada.
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A emenda trabalhista foi rejeitada por 332 votos contra e 220 a favor, um indicativo da divisão da Câmara dos Comuns sobre uma possível intervenção militar na Síria.
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Cameron tinha pedido aos deputados que apoiassem o “princípio” de uma intervenção militar em resposta aos supostos ataques com armas químicas do regime sírio, apesar do condicionamento a uma segunda votação, por exigência trabalhista, da autorização do envolvimento direto do Reino Unido no conflito.
Ao iniciar o debate, o premiê conservador afirmou que um ataque com armas químicas é “um crime contra a humanidade” e que uma intervenção na Síria não seria “uma invasão nem assumir uma posição” entre os grupos envolvidos na guerra civil que enfrenta o país.
(*) com Agência Efe