O parlamento do Líbano fracassou nesta segunda-feira (09/06) na sexta tentativa de escolher o presidente do país, depois que a sessão foi suspensa pelo chefe da assembleia, Nabih Berri, por falta de quórum.
Apenas 64 dos 128 parlamentares foram ao plenário, um número ainda menor do que nas sessões anteriores, por isso Berri se viu obrigado a fixar uma nova reunião para a eleição presidencial, em 18 junho.
É necessária a presença de 86 deputados para que a eleição aconteça, mas as divergências são tão grandes entre os membros da coalizão 14 de Março, contrária ao regime sírio, e a do 8 de Março, partidária do presidente sírio, Bashar al Assad, que até agora não conseguiram entrar em um acordo.
Já passaram três semanas desde que expirou, em 25 de maio, o mandato de Michel Suleiman, que presidiu o país nos nos últimos seis anos.
A sessão de hoje foi boicotada pelo grupo 8 de Março, liderado pelo Hezbollah, e seu aliado da Corrente Patriótica Livre (do general Michel Aoun), assim como por alguns deputados de 14 de Março e o líder druso Walid Jumblatt.
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Até agora só há dois candidatos em disputa: Samir Geagea, chefe do partido Forças Libanesas e apoiado pelo 14 de Março, e Henri Helu, apoiado pelo grupo parlamentar de Jumblatt.
As forças do 8 de Março não apresentaram nenhum candidato, embora possam candidatar à presidência Aoun se este conseguir o apoio do grupo Futuro, do ex-ministro Saad Hariri, para se apresentar.
Geagea, que anunciou que está disposto a se aposentar se chegar a um acordo sobre outra pessoa, ressaltou hoje que “o sistema desmorona devido à atitude de alguns deputados”, por isso “os libaneses devem pedir contas aos parlamentares que elegeram e que não cumprem seu dever”.