A crise no Egito, agravada pelo aumento das manifestações e da pressão pela saída do presidente egípcio, Hosni Mubarack, é tema hoje (02/02) de discussões no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica. Há sessões hoje e amanhã (03/02).
O Parlamento Europeu tem 736 membros, mas em geral cerca de 300 participam das sessões. A União Europeia defendeu que as autoridades egípcias promovam um processo de transição “ordenado para eleições livres e democráticas”.
Após a crise na Tunísia, o Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia aprovou uma série de medidas de apoio ao país. Em janeiro, o presidente da Tunísia, Bem Ali, foi pressionado a deixar o poder depois de manifestações populares. Acusado de corrupção, desvio de recursos públicos e violações de direitos humanos, Ali teve os bens congelados na Suíça.
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A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, elogiou a reação popular na Tunísia. “[Presto minha] admiração pela coragem e determinação demonstradas pelo povo da Tunísia pela luta em favor da democracia”, disse ela. “Nós queremos ajudá-los a avançar, usando nossos valores fundamentais, a criação das instituições, apoiando a promover as eleições”, acrescentou.
Ashton também elogiou a criação, na Tunísia, de três comissões – uma para analisar a questão da reforma política, outra para investigar denúncias de violência e a última para apurar as acusações de corrupção. A chefe da Diplomacia conversou com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Tunísia, Ahmed Ounaies.
A insatisfação popular na Tunísia começou em meados de dezembro de 2010. Houve protestos isolados pedindo mudanças no governo. O ex-presidente fugiu da Tunísia e refugiou-se na Árabia Saudita. Em 60 dias devem ocorrer novas eleições no país. Até lá, há um governo provisória que tenta manter a ordem na região.
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