O premiê italiano, Silvio Berlusconi, vai decidir nesta terça-feira (08/11) se continua à frente do governo ou apresenta sua renúncia. Entretanto, a decisão será tomada após ele saber quantos deputados o apoiarão na votação sobre o Orçamento, considerada vital para o futuro político e econômico do país e que está marcada para hoje. Às 15h30 (12h30 de Brasília) começa a sessão de debates que antecede a votação.
A imprensa italiana publica nesta terça que Berlusconi “quer ver com seus próprios olhos quem são os traidores”. A afirmação foi feita ontem à noite após uma reunião com os membros de seu partido, o PdL (Povo da Liberdade, direita).
Durante este fim de semana, o premiê foi informado sobre uma série de deserções, incluindo integrantes do próprio PdL. No total,seriam 20 parlamentares. Assessores e políticos próximos a Berlusconi temem que as contas do Estado não serão aprovadas,o que obrigaria o governo a renunciar.
No início de outubro, o governo não conseguiu aprovar o texto, obrigando Berlusconi a comparecer à Câmara Baixa para submeter sua administração a uma moção de confiança, o que conseguiu superar por pouco.
A oposição está pensando em abster-se de uma ação de responsabilidade nacional, como pediu o Chefe do Estado, Giorgio Napolitano, já que a não aprovação das contas significaria a paralisia total do país.
Após 3h de reunião na segunda-feira à noite, o único a falar foi o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, quem garantiu que no voto desta terça será comprovado que o Executivo ainda tem maioria.
Em um discurso durante um ato político, Berlusconi afirmou que ele e seu governo não estão “presos à cadeira” e disse que espera obter a confiança majoritária do Parlamento para continuar em frente e fazer as reformas econômicas como exige a UE (União Europeia).
Sobre a decisão de Berlusconi também pesa o comportamento da Bolsa de Valores de Milão, que nesta terça será observada com grande atenção. Na segunda, após os rumores da renúncia do chefe de governo, as operações passaram para o positivo e subiram, mas com o desmentido o processo se inverteu e o prêmio de risco do país voltou a subir.
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