O PJL (Partido Justiça e Liberdade), braço político da Irmandade Muçulmana no Egito, rejeitou neste sábado (06/07) a proposta de diálogo nacional do presidente interino do país, Adly Mansur.
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Em comunicado, o secretário-geral do PLJ, Hussein Ibrahim, anunciou que a formação “não participará da reunião de diálogo nacional convocada pelo presidente ilegítimo Mansur”.
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Ibrahim ressaltou que o PJL segue sem reconhecer o golpe militar da quarta-feira passada (03) e enfatizou que o único presidente legítimo é Mohamed Mursi.
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As Forças Armadas egípcias depuseram Mursi, eleito há um ano nas urnas, e designaram como líder interino o presidente do Tribunal Constitucional, Adly Mansur, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.
Agência Efe
Simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi protestam perto da Universidade do Cairo
Mansur se reuniu neste sábado com o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas, general Abdel Fatah al-Sisi; o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim; e outros dirigentes políticos para analisar a situação no país após a morte ontem de 30 pessoas em distúrbios entre partidários e opositores de Mursi.
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A Irmandade Muçulmana já declarou que pretende continuar protestando até que Mursi volte ao poder. Grupos conservadores liderados pela organização islâmica voltaram às ruas hoje, renovando o temor de que haja mais violência.
De acordo com uma fonte militar, o ex-presidente Mursi está “detido preventivamente”. Já uma fonte judicial informou que a promotoria começaria a interrogar membros da Irmandade Muçulmana, incluindo Mursi, na próxima segunda-feira (08), por “insulto ao Judiciário”. Coincidentemente, o presidente deposto na revolução de janeiro de 2011, Hosni Mubarak, compareceu hoje a mais uma sessão de seu julgamento por suposta cumplicidade com o assassinato de manifestantes em 2011. A próxima sessão se realizará apenas em agosto.
*Com Agência Efe