O SPD (Partido Social-Democrata Alemão) ganhou neste domingo as eleições legislativas no estado federado da Renânia do Norte-Vestfália, superando amplamente a CDU (União Democrata-Cristã) da chanceler Angela Merkel, segundo as primeiras projeções oficiais.
Os social-democratas obtiveram 38,3% dos votos e a CDU, até agora a primeira força política regional, 25,8%, o pior resultado de sua história nesse território, segundo as projeções de voto da Comissão Eleitoral do estado, que praticamente confirmam a pesquisa prévia divulgada pela televisão pública. Os Verdes obtiveram 12,2% dos votos e se mantêm como terceira formação no estado alemão mais populoso, com 18 milhões de habitantes.
Com estes resultados, Hannelore Kraft, presidente regional do SPD e primeira-ministra da Renânia do Norte-Vestfália, poderá governar confortavelmente em coalizão com os Verdes e sua líder Sylvia Löhrmann, já que as formações somaram uma suficiente maioria absoluta. “Que noite estupenda”, proclamou Kraft após conhecer o resultado das pesquisas e as primeiras projeções oficiais de voto, e se apresentou perante seus seguidores para celebrar seu triunfo e agradecer o respaldo do eleitorado à proposta do Governo de sua formação.
Kraft e Löhrmann decidiram convocar eleições antecipadas após dois anos de Governo minoritário ao não conseguir a aprovação no Parlamento de Düsseldorf dos orçamentos regionais. A perda de quase dez pontos por parte da CDU se deve em grande parte à campanha de seu candidato, o ministro federal do Meio Ambiente, Norbert Röttgen, que teve várias declarações desafortunadas durante a campanha e provocou inclusive a irritação de seus correligionários ao vincular este pleito com o futuro da coalizão de Merkel.
O próprio Röttgen se apresentou perante a imprensa poucos minutos depois do fechamento dos colégios para assumir sua “amarga” derrota, anunciar sua renúncia imediata à chefia da CDU na Renânia e reconhecer que o fracasso só se devia a sua atuação pessoal.
O triunfo de social-democratas e verdes representa também um revés para Merkel em nível federal, já que os dois partidos da oposição em Berlim se afiançam como força determinante no parlamento e podem bloquear projetos de lei do Executivo.
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