Partido de ex-presidente deixa coalizão de governo no Kosovo
Partido de ex-presidente deixa coalizão de governo no Kosovo
A LDK (Liga Democrática do Kosovo), partido do ex-presidente Fatmir Sejdiu, decidiu neste sábado (16/10) deixar a coalizão governamental liderada pelo primeiro-ministro, Hashem Thaçi, e fez o país balcânico entrar em profunda crise.
A partir da próxima segunda-feira (18/10), todos os membros da LDK no Executivo, incluindo um vice-primeiro-ministro, seis ministros e vários vice-ministros, abandonarão os cargos, segundo comunicado assinado por Sejdiu.
A decisão de Sejdiu de deixar o governo aconteceu um dia depois que o presidente interino do país balcânico, Jakup Krasniqui, anunciou a convocação de eleições parlamentares antecipadas para 13 de fevereiro de 2011.
Leia mais:
Presidente de Kosovo renuncia ao cargo
Kosovo corta serviço de telefonia dos sérvios da região
Kosovo intensifica campanha para ganhar reconhecimento diplomático
Sérvia pede à ONU saída dialogada para questão do Kosovo
O anúncio do adiantamento em nove meses do pleito e a renúncia de Sejdiu, há três semanas, levou o pequeno Estado à crise mais grave desde que declarou unilateralmente sua independência da Sérvia, em fevereiro de 2008.
A crise começou quando o Tribunal Constitucional estabeleceu que Sejdiu tinha violado a Carta Magna por ter ocupado simultaneamente a Presidência do país e da LDK.
Na coalizão governamental, a LDK, que conta com 27 das 120 cadeiras parlamentares, tem um vice-primeiro-ministro e seis dos 18 ministros do gabinete.
Hajredin Kuci, outro vice-primeiro-ministro, disse que o partido colocou o país em uma crise institucional com a decisão de deixar o governo.
Com isso, existe a possibilidade de Thaçi, cujo partido, o KDP, só tem 34 deputados e depende de outros parceiros na coalizão, antecipe mais as eleições gerais, possivelmente em um prazo máximo de 45 dias.
Para isso, o primeiro-ministro primeiro renunciaria e o presidente interino nomearia um novo candidato, após consultas com as principais forças políticas da coalizão.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL
