O CNA (Congresso Nacional Africano) se declarou vencedor das eleições na África do Sul, ao conseguir 63,9% (3,9 milhões) dos votos com 35% da apuração concluída. A eleição de ontem (22) teve um índice de participação de 77% dos 23 milhões de eleitores, igual ao da última eleição.
O líder do CNA, Jacob Zuma, deverá ser empossado em 10 de maio como o quarto presidente do país após a queda do regime de apartheid, em 1994. Mas se a atual porcentagem for mantida até o final da apuração, o partido não conseguirá manter os atuais três quartos de cadeiras no parlamento, suficientes para reformar a Constituição e adotar outras medidas excepcionais sem a necessidade de formar alianças.
Zuma irá hoje a uma festa organizada por seu partido em Johannesburgo, maior cidade do país, para comemorar a vitória junto aos aliados do Partido Comunista (SACP, em inglês) e da confederação sindical Cosatu.
O CNA emitiu um comunicado convidando também todos os cidadãos para a festa. Agradeceu aos eleitores e em especial aos jovens, afirmando que a participação desta parcela do eleitorado foi muito importante para a vitória.
Com 6.232.428 votos apurados, o CNA tinha 3.988.079 votos (63,9%), seguido pela Aliança Democrática (DA, em inglês), com 1.097.045 votos (17,6%) e pelo Congresso do Povo (Cope), com 499.651 votos (8%). O Cope nasceu a partir de uma dissidência do CNA.Seu candidato é Mvume Dandala.
“Esperava 15% dos votos, mas isso é muito mais”, disse a líder do DA e prefeita da Cidade do Cabo, Helen Zille.
Os sul-africanos também votaram para os legislativos das nove províncias do país. Em oito delas, o CNA obteve a maioria – somente em Cabo Ocidental, cuja capital é a Cidade do Cabo, a vitória foi da Aliança Democrática, que obteve 58,6% de votos na província, contra 28,2% do partido governista.
A presidente da Comissão Eleitoral Independente (CEI), Brigalia Bam, disse que a participação de 77% é um dado provisório e o definitivo sairá em dois dias, já que, até agora, são conhecidos os dados finais de apenas 7.332 distritos, 37% dos 19.743 existentes no país.
Durante a votação, ocorreram protestos originados pela falta de cédulas e urnas, além de outros materiais, em muitos centros de votação. Embora o período de votação não tenha sido ampliado, a Comissão Eleitoral Independente (CEI) afirmou que os colégios onde ainda havia filas devido à falta de material eleitoral manteriam as urnas abertas até que todos os presentes votassem.
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