Começou nesta quinta-feira (12/04) a segunda rodada de consultas dos partidos com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, para a formação do novo governo.
Após o fracasso da primeira semana de negociações, há um clima de maior expectativa em Roma para um acordo que defina o próximo primeiro-ministro do país.
Ao longo do dia, Mattarella receberá os líderes de todos os partidos representados no Parlamento, incluindo a coalizão de direita e o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), que disputam o direito de governar o país.
No entanto, até o momento nenhum dos dois grupos conseguiu construir uma maioria parlamentar. A hipótese de um acordo entre M5S e a direita ganhou força nos últimos dias, mas o líder antissistema, Luigi Di Maio, ainda reluta em se aliar a Silvio Berlusconi, do moderado Força Itália.
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Começou nesta quinta-feira a segunda rodada de consultas dos partidos com o presidente da Itália, Sergio Mattarella
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Uma saída seria o movimento atrair apenas a ultranacionalista Liga, partido com mais cadeiras dentro da aliança conservadora e que seria capaz de garantir a Di Maio os números necessários para governar.
Por outro lado, Matteo Salvini, líder da Liga, só terá chances de se tornar primeiro-ministro se ficar na coalizão de direita.
No Palácio do Quirinale, sede da Presidência, a sensação é de que Mattarella aumentará a pressão para os partidos entrarem em acordo e afastar o risco de novas eleições, o que aumentaria a instabilidade na Itália.
O M5S tem cerca de 34% da Câmara e do Senado; a Liga, 19% e 18%; o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, 17% e 16%; e o Força Itália, de Berlusconi, 16% e 19%. Mattarella pretende acelerar a formação do governo para evitar que temas importantes, como a previsão dos resultados econômicos para 2018, a venda da Alitalia e os debates sobre a guerra na Síria, fiquem paralisados.