Já passa de 240 o número de mortos pelo terremoto de 6,2 graus de magnitude registrado nesta quarta-feira (24/08) na região central da Itália, informou nesta quinta-feira (25/08) a Defesa Civil italiana.
De acordo com o último balanço do órgão, 247 pessoas morreram e outras 264 estão internadas com ferimentos.
Agência Efe
Bombeiro caminha entre escombros de casa em Arquata del Tronto, um dos locais atingidos por terremoto
O abalo sísmico, sentido às 3h36 locais (22h36 de Brasília da terça-feira) perto da localidade de Accumoli, na província de Rieti, devastou cidades inteiras nas regiões de Marcas e Lazio, que ficam no centro da Itália.
A região se situa próximo a L'Aquila, que ainda tenta se reconstruir do terremoto de 2009 que deixou 309 vítimas.
Uma das situações mais dramáticas é a da cidade de Amatrice, a mais afetada. Com 2.000 habitantes, nos meses de verão o vilarejo chega a duplicar sua população com turistas – muitos deles haviam chegado para participar de um festival gastronômico que ocorreria no final de semana.
As buscas por sobreviventes entre os escombros, com ajuda de cães, continuam na cidade. O prefeito, Sergio Pirozzi, diz que há centenas de desaparecidos.
Desde que a terra começou a tremer durante a madrugada de quarta até às 7h locais desta quinta foram registradas 460 réplicas no país, sendo que uma delas superou os 5 graus de magnitude.
De acordo com o INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia), nas 30 horas sucessivas ao terremoto foram identificados 85 eventos sísmicos de 3 a 4 graus, oito de 4 a 5 graus e um maior que 5 graus – o último registrado na zona de Norcia, na Úmbria, às 4h33 locais, com magnitude de 5,4.
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“Até o momento, as réplicas estão ocorrendo de maneira coerente com o que se prevê nos modelos teóricos, baseados em um terremoto principal. Mas sabemos que podem ocorrer abalos sísmicos mais fortes”, disse o sismólogo do INGV Massimo Cocco.
No momento há também 4.000 pessoas estão desabrigadas, que passaram a noite em centros de acolhimento e tendas. Muitas delas tentaram se organizar para recuperar o que sobrou de suas casas, principalmente medicamentos e documentos.
“Ainda não sabemos onde ir”, disse à Ansa uma família de Arquata del Tronto, em Marcas.
A Promotoria de Rieti abriu um inquérito na manhã desta quinta para apurar a hipótese de desastre culposo no terremoto. Coordenada pelo promotor Giuseppe Saieva, a investigação analisará inclusive o desabamento de edifícios públicos que foram recentemente reestruturados, como uma escola em Amatrice.
(*) Com Ansa