Segunda-feira, 14 de julho de 2025
APOIE
Menu

Com o terremoto de 12 de janeiro, o Haiti também perdeu parte de sua história artística. O Musée d’Art Nader, museu que reunia a maior coleção de arte “naif” haitiana do mundo, ruiu junto com as outras centenas de construções em Porto Príncipe.

“O prejuízo é enorme, insubstituível, desapareceu o principal tesouro cultural do Haiti, a memória artística de todo um povo”, afirmou Georges Nader Jr., filho do criador do museu, fundado em 1958. De um total de 15 mil obras, Nader conseguiu recuperar apenas 400.

As instalações guardavam trabalhos preciosos de autores como Philomé Obin, G. Valcin, Hector Hyppolite, Wilson Boigand e Bernard Sejourné (quadro abaixo), entre outros expoentes do melhor da arte popular haitiana.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

galerienader

Nader contou que quando o pai soube da tragédia, preferiu não ir ao local. “Me disse que se fosse lá iria tentar resgatar o que sobrou. Meu pai dedicou a vida inteira ao museu e a apoiar todos os criadores”, contou o filho ao jornal La Vanguardia.

Nader, como muitos haitianos hoje, não vê futuro para o país. “Quem vai reconstruí-lo? Por vezes penso se não seria melhor mudar a capital para outro lado. Temos milhares de cadáveres entre os escombros”, acrescentou. Além disso, “todos ficaram sem trabalho e ninguém gosta de viver da caridade pública”, afirmou Nader.

*O repórter está a bordo do porta-aviões da marinha norte-americana USS Carl Vinson.

Patrimônio artístico do Haiti é comprometido pelo terremoto

NULL

NULL

NULL