A Polícia Federal deteve nesta quinta-feira no Aeroporto Antônio Carlos Jobim, Galeão, um peruano acusado de liderar uma rede de tráfico ilegal de pessoas que cobrava entre 7 mil e 10 mil de dólares para enviar ilegalmente à Europa cidadãos de seu país.
A operação, que incluiu cumprimento de mandados em um hotel e em apartamentos alugados no centro do Rio de Janeiro, permitiu a detenção de cinco mulheres peruanas que aparentemente iriam para França com documentos falsos.
O delegado da PF, Alcyr Vidal, disse que a rede utilizava o Brasil como ponte para enviar emigrantes ilegais para diferentes países europeus, alguns dos quais com documentos falsos.
A Polícia identificou o peruano Carlos Alberto Sánchez Palacios, de 54 anos e que estava irregular no Brasil, como o chefe da organização.
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Os peruanos eram transportados até o Brasil legalmente e no Rio de Janeiro recebiam documentos falsos para prosseguir sua viagem à Europa.
No momento do embarque, o bilhete era repassado a um peruano que tivesse o primeiro e último nomes iguais ao do brasileiro. Os passaportes eram falsificados para que os peruanos ficassem com a mesma identidade da pessoa que fazia o check-in.
Depois de passar pela alfândega brasileira os emigrantes ilegais pegavam voo rumo à Europa.
A Polícia Federal ainda procura outra peruana que supostamente deveria embarcar para a França e uma brasileira que aparentemente fazia-se passar por emigrante para enganar as companhias aéreas.
“Por enquanto, não temos a confirmação de tráfico de peruanas, mas vamos investigar se brasileiros também tinham participação”, afirmou o delegado.
Vidal afirmou que a rede era investigada fazia três meses e as detenções foram ordenadas por um juiz a quem foram apresentadas como provas conversas telefônicas dos acusados gravadas legalmente.
Acrescentou que a rede enviava mulheres peruanas de entre 25 e 30 anos.
“Trata-se de imigração ilegal, de contrabando de emigrantes. Com essas seis mulheres que pretendiam embarcar, eles ganhariam ao menos 42 mil dólares”, disse o policial.
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