Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, expressou nesta quarta-feira (02/07), “a mais profunda condenação” sobre a descoberta dos restos mortais de pelo menos oito líderes sociais e religiosos em uma vala comum no departamento de Guaviare, no sul do país.

“Jesús e Carlos Valero, Marivel Silva, Isaid Gómez, Maryuri e Óscar Hernández, James Caicedo e Nixon Peñaloza estavam desaparecidos desde abril. Tudo indica que foram sequestrados e assassinados em meio a disputas territoriais entre grupos armados ilegais”, afirmou o mandatário por meio da rede social X.

Petro classificou o crime como “uma grave afronta ao direito à vida, à liberdade religiosa e ao trabalho espiritual e comunitário realizado por tantas pessoas em regiões historicamente assoladas pela violência”.

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“Solidarizo-me com suas famílias, suas comunidades religiosas e todos aqueles que hoje sentem essa dor”, disse Petro, apelando “urgentemente às instituições estatais para que redobrem seus esforços para proteger aqueles que lideram pela fé, pelo cuidado com os outros e pela paz”.

“É dever do Estado garantir sua segurança e garantir que esses crimes não se repitam ou fiquem impunes”, ressaltou.

Petro afirmou que é “dever do Estado garantir segurança e garantir que esses crimes não se repitam”
Fotografía oficial de la Presidencia de Colombia/Wikicommons

A Procuradoria-Geral da República da Colômbia informou na última terça-feira (01/07) que os restos mortais dos oito líderes sociais e religiosos foram encontrados em uma vala comum.

“Com o apoio do Exército Nacional, a Procuradoria-Geral da República recuperou os corpos de oito líderes sociais e religiosos encontrados em uma vala comum em uma área rural do município de Calamar”, afirmou o governo em um comunicado.

Eles teriam sido convocados por membros da frente Armando Ríos dos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) “por suspeita da possível criação de uma célula do Exército de Libertação Nacional (ELN) na área”.

Segundo a nota do governo colombiano, a descoberta teve origem na ativação de mecanismos de busca urgente em abril passado, em resposta a uma denúncia de que essas pessoas haviam sido convocadas pela primeira frente “Armando Ríos” dos dissidentes das FARC que cometem crimes na região.

“A investigação estabeleceu que, em 4 de abril de 2025, duas das vítimas foram convocadas por membros do referido grupo armado e, três dias depois, as seis pessoas restantes também foram convocadas, com o objetivo de serem “interrogadas” sobre a possível presença ou criação de outro grupo criminoso. Dias depois, as oito pessoas foram supostamente levadas para uma propriedade abandonada”, informou o comunicado.

De acordo com a investigação, “os criminosos aparentemente receberam a ordem do círculo de confiança” do guerrilheiro Iván Mordisco para impedir a possível criação de uma célula do ELN na região.

(*) Com TeleSUR