Polícia alemã desmente alerta de atentado no Reichstag

A Alemanha não está sob nenhuma ameaça específica de atentado terrorista, nem há qualquer confirmação de plano de ataque da rede Al-Qaeda ao Reichstag (parlamento), ao contrário do que publicou a edição deste fim de semana da revista Der Spiegel, disse o chefe da BKA, polícia federal alemã, Joerg Ziercke, neste domingo (21/11).

“Temos detalhes concretos de suspeitos, mas nenhum detalhe concreto de que um ataque será cometido em um local ou data específicos. Os relatos de um suposto ataque ao Reichstag sugerem ligação com a própria investigação sigilosa feita pelas autoridades de segurança”, disse Ziercke, citado pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique.

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No sábado (20/11), a revista alemã Der Spiegel publicou que um militante fundamentalista no exterior teria contactado a BKA por telefone para denunciar que terroristas que seriam ligados à Al-Qaeda planejariam uma invasão ao Reichstag em fevereiro ou março de 2011. A célula terrorista seria composta por seis pessoas, incluindo um alemão, um marroquino e um turco.

De acordo com a fonte, o ataque seria cometido no estilo da invasão ao hotel Taj Mahal em Bombaim (Índia), em 2008, com a ocupação armada do prédio e a tomada de reféns.

Ontem, em Lisboa, onde participava da reunião de cúpula da OTAN, a chanceler Angela Merkel declarou que a Alemanha “enfrenta uma ameaça real de terrorismo”, de acordo com o jornal português Expresso.

Precaução

De fato, na quarta-feira (17/11), o governo alemão tinha anunciado um aumento da segurança em aeroportos e estações de trem, segundo a agência de notícias britânica Reuters. A presença policial nesses locais e em pontos de visitação turística na capital alemã foi aumentada. Mas, segundo a BKA, não há motivo para “histeria” enquanto não for esclarecida a veracidade da denúncia.

“Não há nenhuma razão para cancelar nenhum evento público”, complementou o chefe de polícia.

Ziercke pediu à revista que forneça à BKA mais detalhes sobre a denúncia recebida. Ele também alertou que a divulgação precoce de informações pela mídia poderia prejudicar o andamento das investigações.

O Reichstag, sede do parlamento alemão, no centro de Berlim, já foi alvo de um atentado em 1933, cometido por militantes nazistas, para incriminar comunistas e voltar a opinião pública alemã a favor das medidas de repressão contra a oposição anti-hitlerista.

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