A Polícia interveio na quinta-feira (12/04) à noite para desalojar os estudantes que bloquearam o acesso de um prédio da Universidade Paris I Panthéon-Sorbonne, no 5º distrito de Paris, relatam as autoridades.
“Cerca de duas centenas de estudantes que estavam na Sorbonne desde o meio da tarde votaram pela ocupação e se recusaram a sair”, declarou a Secretaria de Segurança Pública de Paris por comunicado de imprensa.
Segundo a reitoria, os estudantes reunidos em assembleia geral na Sorbonne haviam votado “pela ocupação do local, como parte da oposição à reforma do acesso à universidade, e depois de três horas de negociações mal sucedidas com eles, o reitor exigiu a intervenção da polícia”.
“No início da noite, o reitor da academia recorreu à Secretaria de Segurança Pública para evacuar as instalações.” A intervenção, que começou às 21h40 e durou meia hora, “envolveu 191 pessoas, ocorreu em paz e sem nenhum incidente”, acrescentou a Polícia.
Em diversas cidades francesas, universidades foram bloqueadas por vários dias ou semanas por estudantes que denunciam a lei “ORE”, lei que muda o acesso à universidade.
Reprodução
Em diversas cidades francesas, universidades foram bloqueadas por vários dias ou semanas por estudantes que denunciam a lei “ORE”, lei que muda o acesso à universidade
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Quatro universidades seguem completamente bloqueadas
Hoje, além de quatro universidades completamente bloqueadas – Montpellier, Toulouse, Rennes 2 e a Universidade de Paris 8 Saint-Denis -, uma dúzia de universidades têm suas salas e anfiteatros ocupados.
O presidente da Universidade de Paris I Panthéon-Sorbonne, Georges Haddad, havia exigido na segunda-feira a intervenção da polícia para evacuar o campus de Tolbiac, no 13º distrito de Paris, ocupado desde 26 de março.
Ele considerou que “a gravidade da violência observada” já não permitia garantir a segurança das pessoas e pediu “ao secretário de Segurança Pública para ajudar a restaurar o funcionamento normal do centro”.
De acordo com a Secretaria, o secretário Michel Delpuech não respondeu a este primeiro pedido, sustentando que as “condições técnicas e de oportunidade” não foram cumpridas.