Quarta-feira, 16 de julho de 2025
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Dois jornalistas norte-americanos que estão cobrindo as manifestações contra a morte de um jovem negro na cidade de Fergunson, no estado de Missouri, foram presos na última quarta-feira (13/08) enquanto escreviam suas matérias em um restaurante da rede McDonald’s .

Wesley Lowery do Washington Post e Ryan J. Reilly do Huffington Post narraram suas prisões pelo Twitter em tempo real e criticaram duramente a polícia local pela brutalidade e falta de justificativa das prisões. “Foi muito desnecessário”, disse Lowery, que ainda não sabe por que foram detidos.

Ambos foram levados à delegacia da cidade e foram liberados 45 minutos depois, sem serem indiciados por nenhum crime. “Eu estou bem, mas se esta é a maneira que esses policiais tratam um repórter branco trabalhando em um notebook que se moveu um pouco mais devagar do que eles queriam, não posso imaginar quão horrivelmente eles tratam outras pessoas. E se alguém acha que a militarização da nossa polícia não é um enorme problema neste país, eu tenho algo a dizer”, comentou Reilly após ser liberado.

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Os jornalistas estão na cidade para acompanhar os protestos de moradores após a morte, no último sábado, do jovem Michael Brown, de 18 anos. Segundo testemunhas, ele foi assassinado por um policial enquanto andava pela rua desarmado. Brown era negro, assim como dois terços da cidade, o que causou uma onda de revolta em diferentes bairros do município.

Repórteres do Washington Post e do Huffington Post ficaram detidos por 45 minutos sem nenhuma acusação oficial e foram presos dentro de um McDonald's

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As prisões dos dois jornalistas não são o único problema relatado entre a mídia e o corpo policial de Fergunson. Outros profissionais de diferentes meios de comunicação afirmaram que foram obrigados a deixar locais de protestos devido a pedidos policiais e que são alvos constantes de bombas de gás lacrimogêneo.

O editor executivo do Washington Post, Martin Baron, disse que não havia nenhuma justificativa para a prisão de Lowery. Segundo ele, o jornalista estava saindo da lanchonete quando teve sua cabeça empurrada contra uma maquina de refrigerante e, ao reclamar, foi algemado. “Este comportamento […] é um crime contra a liberdade de imprensa”, finalizou.